Política

Vereador Edvaldo Brito diz que “o Brasil criou uma figura horripilante que é o mercado”

Ele rebateu a ideia de que a reforma tributária está sendo feito em favor do consumo e mais uma vez diminuiu a influência do executivo.

vereador
Foto: Divulgação

Com mais de 60 anos de experiencia na gestão pública ocupando cargos de prefeito e vice-prefeito de Salvador, bem como secretarias municipais e estaduais, o vereador Edvaldo Brito (PSD) fez críticas contundentes a predominância do mercado financeiro nas decisões políticas e analisou as dificuldades do governo federal na atual conjuntura econômica.

 “O Brasil criou uma figura horripilante que é o mercado. Tudo é condicionado a ele. O dólar estava na casa dos R$ 6,00 na última sexta-feira (29), o que é uma situação artificial, porque se esperou uma posição do Brasil em relação ao controle de gastos. Veja, o mercado corresponde a um grupo econômico que manipula a riqueza nacional e, por conseguinte, controla o poder político,” argumentou o parlamentar, que é docente da Universidade Federal da Bahia (Ufba) e doutor em Direito Tributário pela Universidade de São Paulo (USP).

Para o edil, a política econômica praticada no Brasil não condiz com as suas mazelas sociais. “Quando capital é quem assume o comando, Haddad (ministro da fazenda) se sente pressionado a trabalhar com medidas de austeridade, o que não tem cabimento num país em que a pobreza grita e 90% da população está mergulhada nela,” frisou. 

Edvaldo rebateu a ideia de que a reforma tributária está sendo feito em favor do consumo e mais uma vez diminuiu a influência decisória do poder executivo na política fiscal do país.

 “Lula com um cajado bem pequeno consegue colocar uma isenção do imposto de renda para quem ganha até 5 mil reais, mas é uma ação modesta. Pois se fosse eu teria enfrentado esse pessoal da Faria Lima e colocaria o benefício para quem aufere até 10 mil reais, justamente para acalorar essa discussão,” afirmou o vereador. Segundo o parlamentar, o controle de gastos é necessário, mas seus efeitos são negativos, ainda mais quando o quadro social é precário. 

“Vai ocorrer uma inibição das providências em prol do povo. E a obrigação dos mandatários é, principalmente, o gasto com a saúde e a educação, em função desta última perdemos competitividade com o resto do mundo. Concluindo, é um país que precisa de investimentos vultosos na área social e não de cortes,” finalizou.

Fonte: Bahia Notícias, parceiro do Acorda Cidade

Siga o Acorda Cidade no Google Notícias e receba os principais destaques do dia. Participe também dos nossos grupos no WhatsApp e Telegram

Inscrever-se
Notificar de
0 Comentários
mais recentes
mais antigos Mais votado
Feedbacks embutidos
Ver todos os comentários