Feira de Santana

“Verdadeiros heróis da vida real”, diz coronel, sobre policiais, ao receber a Cidadania Feirense

Várias autoridades, militares e civis, estiveram presentes à cerimônia.

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Foto: Ascom/Câmara Municipal

“O título que hoje recebo pertence a cada um dos nossos guerreiros e guerreiras, verdadeiros heróis da vida real”, disse o coronel Antônio do Nascimento Lopes, ao receber da Câmara Municipal, em sessão solene realizada na noite desta terça (24), a Cidadania Feirense.

Várias autoridades, militares e civis, estiveram presentes à cerimônia. À Mesa de Honra, foram convidados o subcomandante geral da PM na Bahia, coronel Nilton César Machado Espíndola, o procurador de Justiça Adriani Pazelli e o arcebispo dom Zanoni Demettino Castro, além da esposa do homenageado, senhora Mica Lopes. No plenário, as presenças de representantes da Polícia Rodoviária Federal, Polícia Civil, Corpo de Bombeiros e várias outras instituições.

Em vídeo, apresentado durante a sessão solene, personalidades cumprimentaram o coronel Lopes, novo cidadão feirense, entre os quais o comandante geral da PM na Bahia, coronel Paulo José Reis de Azevedo Coutinho, o radialista Aldo Matos e vários colegas de farda do homenageado. Além do Hino Nacional e do Hino à Feira, tradição das sessões solenes na Casa da Cidadania, sempre na abertura e no encerramento das sessões solenes, respectivamente, também foi executado o Hino Força Invícta, oficial da PM da Bahia, todos de modo especial, com as participações do soldado Elielmo, ao sax, e a bela voz da capitã do Val.

Nascido em Salvador, mas com fortes raízes familiares no distrito quilombola de Acupe, em Santo Amaro, o coronel Lopes convidou a esposa para estar ao seu lado, na Tribuna Maria Quitéria, enquanto discursou. Seus pais, o também policial militar Antônio Carlos Souza Lopes e Deusalina do Nascimento Lopes, costureira, participaram do ato de entrega do título. Emocionado, agradeceu a estes pelos esforços por sua educação e dos irmãos. O pai do oficial, que trabalhava em suas folgas como taxista, em Salvador, chegava cansado em casa “mas sentava conosco (ele e os irmãos) para ajudar nas lições escolares”. Dizia aos filhos que o estudo era o caminho para “enfrentar uma sociedade injusta”, especialmente com as pessoas de “cor escura”.

Coronel Lopes fez o ensino médio no Colégio Goes Calmon e começou a trabalhar aos 15 anos de idade, em uma clínica: “Aprendi cedo a valorizar as pessoas ao meu redor, a buscar a excelência em tudo que faço”. O ingresso do comandante da Regional Leste, com sede nesta cidade, na Academia da Polícia Militar, foi em março de 1989, sendo alçado à condição de aspirante a oficial dois anos depois. Relembrou, em seu pronunciamento, um episódio marcante de sua carreira, quando servia no 4º Batalhão, em Alagoinhas, no ano de 1992. Ao agir contra a prática de “boca de urna”, em uma eleição, foi “perseguido pelo político que mandava na época” e transferido para Barreiras, cidade, naquela época, evitada pelos policiais, devido à distância.

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