É lamentável que o prefeito de Feira de Santana, Colbert Martins, insista em criticar o Governo do Estado ao invés de reconhecer que a administração estadual tem sido a verdadeira salvaguarda da saúde pública na região.
A gestão municipal tem falhado de maneira grave ao não cumprir suas obrigações financeiras, deixando os profissionais de saúde sem receber, o que provoca uma verdadeira crise no atendimento médico.
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“Essa falta de compromisso e responsabilidade da prefeitura é inadmissível, pois coloca em risco a saúde e a vida dos cidadãos, sendo essa postura já denunciada ao Ministério Público, pois a restrição nos serviços municipais sobrecarrega as estruturas estaduais”, afirma o médico e superintendente da rede estadual, Karlos Figueiredo.
Além disso, 100% dos pacientes que necessitam de internação hospitalar de média e alta complexidade em Feira de Santana são acolhidos pelo Estado, já que o município não dispõe sequer de um hospital municipal para atender sua população.
“Pior: mais de 60% dos casos pediátricos e 85% dos adultos poderiam ser solucionados nos postos de saúde, mas se agravam e vão para as emergências por falta de médicos nos postos”, indica Karlos Figueiredo.
O prefeito de Feira de Santana parece acreditar que culpar o Governo do Estado vai mascarar os problemas na gestão da saúde municipal. No entanto, os fatos são claros e contundentes: o município está em dívida com seus próprios profissionais de saúde, e a população sofre com as consequências desse descaso. Está na hora de o prefeito parar de se esconder atrás de narrativas e assumir a responsabilidade por suas falhas.
“Temos convicção de que os órgãos de fiscalização e controle estão atentos, pois o município deve colocar a saúde pública em primeiro lugar, ao invés de fugir de suas responsabilidades, enquanto joga a culpa em outros. Ao se deparar com uma situação caótica na saúde municipal, o prefeito faz uma proposta absurda: de que o governo estadual implante uma nova UPA, sendo que a responsabilidade constitucional é dele. O município recebe R$ 115 milhões do SUS e só não recebe mais porque a oferta de serviços é restrita e o número de atendimentos aquém do ideal”, conclui Karlos Figueiredo.
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