O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou nesta quinta-feira (23), que a decisão de Espanha, Noruega e Irlanda em reconhecer o Estado Palestino é “histórica” e terá “efeito positivo” para a paz na região.
Em uma rede social, Lula escreveu que a medida “faz justiça em relação ao pleito de um todo um povo” e que a estabilidade no Oriente Médio só será atingida “quando for garantida a existência de um Estado Palestino independente”.
“A decisão conjunta de Espanha, Noruega e Irlanda de reconhecer a Palestina como um Estado é histórica por duas razões. Faz justiça em relação ao pleito de um todo um povo, reconhecido por mais de 140 países, por seu direito à autodeterminação. Além disso, essa decisão terá efeito positivo em apoio aos esforços por uma paz e estabilidade na região. Isso só ocorrerá quando for garantida a existência de um Estado Palestino independente”, escreveu.
“O Brasil foi um dos primeiros países na América Latina a assumir essa posição, quando em 2010 de reconhecer o Estado da Palestina nas fronteiras de 1967, o que inclui a Faixa de Gaza e a Cisjordânia, tendo Jerusalém Oriental como sua capital”, continuou.
Decisão e reação
Espanha, Noruega e Irlanda anunciaram na quarta que passam a reconhecer a Palestina. O Brasil já reconhece o Estado Palestino.
No entanto, os Estados Unidos e a maioria dos países da Europa Ocidental – Reino Unido, Alemanha, França – reconhecem o Estado Palestino. Em geral, argumentam que isso precisa acontecer através de negociações de paz entre palestinos e israelenses.
Após os anúncios de Espanha, Noruega e Irlanda, o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, criticou a medida.
“A intenção de vários países europeus de reconhecer um Estado Palestino é uma recompensa ao terrorismo”, disse.
Lula é um antigo defensor da solução para dois estados independentes no Oriente Médio: um para israelenses e outro para palestinos.
O presidente condenou o ataque terrorista do grupo Hamas, realizado no ano passado, mas tem criticado com frequência a ofensiva militar israelense na Faixa de Gaza.
Fonte: g1
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