Personagens de "A Bofetada" voltam a se apresentar neste fim de semana em Feira de Santana

Juntem a família, chamem os amigos e levem as crianças! A alegria de Fanta e Pandora vai invadir Feira de Santana! O sucesso está de volta à cidade, que entrou no roteiro da Turnê 2023 da Cia Baiana de Patifaria para comemorar 35 anos dos personagens de “A Bofetada”, desde a primeira montagem em 1988. Foram esses personagens, também, os responsáveis pelo retorno da trupe aos palcos após a pandemia e tudo que ela acarretou de negativo para artistas e toda cadeia produtiva das artes. Uma espécie de renascimento nos palcos com os personagens mais populares de nossa trajetória.

Desde 2022, Cia Baiana optou por fazer um recorte voltando à cena em um novo formato, com apenas 5 personagens de A Bofetada e sob o título de Fanta e Pandora. A peça está em cartaz há mais de um ano e já percorreu vários teatros entre Salvador e interior do estado, incluindo Lauro de Freitas, Camaçari e, agora, Feira de Santana.

Sobre o Espetáculo

Tudo começa com a plateia se esbaldando com o Cabaré da Araci (personagem do ator Marcos Barretto), que adentra o teatro fugindo de um circo e anima a plateia. O dono do circo, Marivaldo (interpretado pelo ator Alexandre Moreira), invade a plateia em busca dela e logo em seguida outros personagens do circo entram em cena e não deixam ninguém parado. Há uma homenagem ao ator Moacir Moreno, um dos fundadores da Cia Baiana, feita pelo multiartista Maurício Martins, que revive o personagem Paloma, criado num improviso por Moa logo depois que A Bofetada estreou. Depois começa a famosa aula com Fanta e Pandora, as professoras mais serelepes do pedaço. Um espetáculo pra todas as idades.

Sobre Fanta e Pandora

Com texto escrito pelos paulistas Miguel Magno e Ricardo de Almeida, o esquete que originalmente durava 30 minutos quando estreou em 1988 em A Bofetada, produção de maior sucesso da Cia Baiana de Patifaria, acabou por se tornar um espetáculo independente da montagem original e isso muito se deve à capacidade de improviso dos atores que, em mais de três décadas, foram criando tamanha empatia e sucesso com o público, ao apresentar uma enlouquecida dupla de professoras universitárias que adentram o teatro transformando a plateia numa sala de aula e criando uma total interatividade com os “alunos.

Fanta Maria, interpretada pelo ator Lelo Filho desde a estreia há 35 anos (que também assina a direção a partir da concepção original de Fernando Guerreiro), divide a cena com Pandora Luzia, atualmente vivida pelo ator Rodrigo Villa. As professoras de filodramaturgia Fanta Maria e neuroprototragédia Pandora Luzia improvisam exercícios, aquecimento corporal e chamam “voluntários” ao palco para a demonstração dos fonemas ensinados. A rapidez com que os dois atores que interpretam Fanta e Pandora levam para o palco o dia-a-dia do país e do mundo, através de improvisações, fazem com que o efeito do espetáculo seja arrebatador. A relação que se estabelece com o espectador é tão empática que, quando ele menos percebe, já está em cima do palco sob a batuta das hilárias professoras.

A montagem é uma grande homenagem ao teatro através do riso – ou melhor, da gargalhada. Transformar o cotidiano em humor rendeu à Companhia Baiana de Patifaria um vocabulário recheado de expressões populares que, pelo efeito hilariante provocado em cena, acabam adotadas também pelo público como o – Ô xente; Adorei milhões, ‘rebobine’, ‘cadê meus botões?’ e o famoso “é a minha cara”, dentre outros.

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