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Escrito na linguagem da literatura de cordel e ilustrado com desenhos de moradores da comunidade onde se ambienta, o livro “Águas da Lagoa Grande: memórias, vivências e resistências ancestrais” foi lançado na noite da última segunda-feira (05) com uma programação toda especial no perfil da editora Na Carona, no instagram (@editora.nacarona).
A obra, contemplado pela Lei Aldir Blanc, no edital de chamamento público da Prefeitura Municipal de Feira de Santana, constitui uma narrativa acerca do território identitário reconhecido como quilombola, a Comunidade de Lagoa Grande, no Distrito de Maria Quitéria (São José das Itapororocas) e “versa em torno do principal símbolo da comunidade, a lagoa, que se personifica em múltiplas vozes, presentes no cotidiano daqueles e daquelas que participam direta ou indiretamente de sua elaboração”, explica o editor Juliano Campos.
Para além disso, o livro inscreve-se como um marco que amplia o conhecimento sobre um povo, suas lutas e sua cultura. Nos versos, nas fotos e nos desenhos que o compõem são realçadas a história, as peculiaridades e lutas daquela comunidade. “São os próprios moradores da comunidade quem ilustram o livro, legitimando-o, assim, como um marco narrativo aliado de seus dizeres acerca de si mesmos”.
O prefácio é da moradora e líder comunitária da Lagoa Grande, Isabel Santos. Já o título da obra, explica o editor, é uma adaptação do tema da 8ª edição do Novembro Negro, evento que discute as problemáticas étnicas, sociológicas e ecológicas que envolvem a Comunidade Lagoa Grande.
Escrita por Romildo Alves, O Garotinho do Cordel, e que possui o selo da Na Carona, editora que já tem uma trajetória consolidada na produção de paradidáticos focados em Feira de Santana, destina-se a todos os públicos, em especial àqueles em processos formativos.
Águas da Lagoa Grande: Memórias, Vivências e Resistências
Autor: Romildo Alves, O Garotinho do Cordel
Editora: Na Carona Editora
Ano: 2021
Páginas: 78