Cultura

Governo muda sede para Cachoeira como marco do início do 2 de Julho

Sede do governo é transferida para local histórica pelo 6º ano consecutivo. Data 25 de junho marca o início da luta pela Independência da Bahia.

Acorda Cidade
 
A cidade de Cachoeira, no recôncavo baiano, é transformada em sede do Governo da Bahia nesta terça-feira (25), para simbolizar o dia em que moradores do local iniciaram as lutas pela Independência da Bahia, cuja batalha final se deu no dia 2 de Julho. A mudança da sede do governo foi aprovada pela lei 10.695, de 2007, e ocorre há seis anos consecutivos.
 
De acordo com a Secretaria de Comunicação (Secom), o governador Jaques Wagner faz os despachos de Cachoeira nesta terça-feira. Serviços estaduais, como o SAC, e as bibliotecas móveis, também estarão na cidade.
 
Pela manhã, o governador e autoridades participaram do hasteamento das bandeiras do Brasil, da Bahia e de Cachoeira em frente à Câmara dos Vereadores. As comemorações continuam com a missa solene realizada na Igreja do Rosário, o chamado Te Deum. Será realizado ainda um desfile cívico pelas ruas da cidade.
 
Em 5 de junho deste ano, a presidente Dilma sancionou a lei que inclui o 2 de julho como data histórica do calendário de efemérides nacionais. O projeto de lei de autoria da deputada federal Alice Portugal (PCdoB-BA) tramitava desde 2008 e foi aprovado no plenário do Senado no dia 8 de maio de 2013.
 
O movimento de independência na Bahia começou em 1821 e terminou em 2 de julho de 1823. Antes, em 7 de setembro de 1822, foi declarada a Independência do Brasil, no entanto, tropas portuguesas ainda resistiam no território baiano.
 
História
 
A Independência do Brasil foi declarada por Dom Pedro I no dia 7 de setembro de 1822, no entanto, o exército português continuava resistindo e, por este motivo, dominava o território baiano, que declarou independência somente um ano depois, em 2 de julho de 1823.
 
O processo de luta na Bahia representa o rompimento com a presença militar portuguesa, de acordo com o historiador Ricardo Carvalho, da Universidade Federal da Bahia (Ufba). “O fator determinante para o início da luta está ligado ao fato de que as tropas portuguesas instaladas na Bahia não aceitaram a tutela de Dom Pedro I após a declaração unilateral de independência”, explicou, em entrevista concedida em julho do ano passado.
 
A batalha pela independência consolidou o nome de Joana Angélica e outras personalidades que participaram dos conflitos que resultariam na derrota portuguesa. Os personagens ficaram conhecidos como “heróis da independência”. “São a expressão dos vários setores que lutaram. O Corneteiro Lopes é a alma irreverente do baiano. Maria Quitéria, que considero a mais 'útil', a nossa coragem de transgredir, e Joana Angélica responde ao nosso lado místico”, relatou. As informações são do G1.
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