Andrea Trindade
O feriado do Dia da Proclamação da República teve um clima especial na Avenida Getúlio Vargas por conta do 18º Festival de Bandas e Fanfarras de Feira de Santana, realizado na tarde desta sexta-feira (15), ao lado da prefeitura.
De acordo com Luiz Carlos Souza Silva, presidente da Liga Cultural de Bandas Musicais da Bahia, 13 grupos de dez municípios participaram do festival que faz parte da terceira etapa do Campeonato Baiano, e está inserido também no 16º Torneio Intermunicipal de Bandas e Fanfarras da Bahia.
Ele informou ao Acorda Cidade que a primeira e segunda etapas foram realizadas nas cidades de Candeal e Conceição do Jacuípe e que a de hoje, em Feira, é classificatória para a final, que será no dia 1º de dezembro, em Madre de Deus.
O festival em Feira contou com a presença de mais de 1.500 músicos, professores e pessoal de apoio. De acordo com Luiz, a premiação é em troféu de 1º, 2º e 3º lugar para a corporação musical. Já para os periféricos (linha de frente, baliza, pelotão cívico, cartel, regente etc.), recebem a premiação em diploma.
''Os grupos são divididos em 'com evolução' e 'sem evolução' e dentro dos grupos temos os níveis, nível um, nível dois e assim sucessivamente, de acordo com o instrumento. É prazeroso para o jovem participar de uma fanfarra. Sempre falo que as fanfarras estão abertas para todos os jovens e é uma pena não termos um apoio maior do governo de modo geral, municipal, estadual e federal. Apoio é o mínimo possível'', disse em entrevista ao Acorda Cidade explicando que cada grupo tem mais de 100 pessoas, entre músicos, professores, apoio e motorista.
O presidente da liga destacou que em Feira de Santana há três fanfarras na zona urbana e três na zona rural.
''Temos apenas três fanfarras hoje na cidade que é a do Dispensário Santana, do Polivalente e a Bambari, que é de uma escola. E temos o programa Música na Escola, que é divido em várias categorias. Através desse projeto temos três fanfarras nos distritos: Humildes, Bonfim de Feira e Jaíba. Aqui em Feira existe uma Lei Municipal solicitada pelo professor Rocine e o ex-vereador Coelhinho, há muitos anos, que inseriu o festival no calendário popular de festejos. A prefeitura celebra uma a parceria hoje com a Liquibamba'', informou.
Jorge Luiz, 19 anos, faz parte da fanfarra Banjac, da cidade de São Francisco do Conde, há oito anos. Ele contou ao Acorda Cidade que já ganhou vários prêmios, inclusive no ano passado como melhor balizador de banda.
"Eu sou o balizador. O balizador exerce a função de ginasta, ele vai na frente, apresentando coreografias, e tem que apresentar com bom domínio nos aparelhos. Desde pequeno eu faço ginástica, balé, dança contemporânea e dança conterrânea, e quando surgiu a oportunidade de me apresentar como balizador eu aceitei. No início eu entrei na banda para aprender a tocar prato, mas me simpatizei com linha de frente, fui porta cartel, do cívico e agora balizador. Isso representa na minha vida uma força de vontade, porque eu amo dança, minha vida é resumida em dança desde pequeninho, e a fanfarra vem num ato de educar, de ajudar e de ensinar. A cada festival temos que nos esforçar e inovar, e tenho que usar muito a criatividade”, destacou.
Além da fanfarra de São Francisco do Conde e Feira de Santana, participaram do festival as fanfarras das cidades de Ibicuí, Anguera, Itajuipe, Madre de Deus, Santa Bárbara, Aramari, Candeias, Dias d'Ávila e Santo Amaro.
Com informações do repórter Ed Santos do Acorda Cidade
Fotos: Ed Santos/Acorda Cidade