Rachel Pinto
A arte como forma de integração e ressocialização é o propósito da 1ª Exposição de Artesanatos produzidos por detentos do Conjunto Penal de Feira de Santana e que acontece até esta quarta-feira (5) no Museu de Arte Contemporânea (MAC).
Foto: Rachel Pinto/Acorda Cidade
Várias peças feitas em palitos de picolé, jornal, lã, crochê e materiais recicláveis compõem a mostra e revelam a criatividade e imaginação dos internos. Casas, carros, barcos, porta jóias, almofadas, arranjos, fruteiras, bonecas são algumas peças da exposição que encantam qualquer expectador pelos detalhes e acabamento.
Foto: Rachel Pinto/Acorda Cidade
A defensora pública Helaine Moura Pimentel de Almeida explicou que cerca de 150 internos produzem os artesanatos em oficinas realizadas no presídio e todas as peças são criadas a partir da ideia de cada um. Nunca houve nenhum tipo de aula ou de curso de artes.
Foto: Rachel Pinto/Acorda Cidade
Para ela, as atividades artesanais além de explorarem os potenciais criativos dos internos, promovem a boa convivência na unidade penal, a valorização do trabalho e ainda ajudam na reinserção social.
“O objetivo da exposição é publicar os trabalhos produzidos pelos internos do Conjunto Penal. Essas atividades envolvendo artesanato já existem há oito anos e é a primeira vez que são divulgadas. Além da valorização de todo o trabalho produzido, as horas para a confecção dos produtos podem ser utilizadas para abater alguns anos da pena dos detentos”, acrescentou.
Segundo a defensora, os materiais para o trabalho artesanal são fornecidos pelas famílias dos detentos. Muitas peças são feitas com materiais simples, como os palitos de picolé e colagem. Ao tomarem forma revelam grandeza em arquitetura e geometria espacial. Todos os itens estão à venda e podem ser adquiridos através de um preposto localizado no Presídio Regional de Feira de Santana.
Foto: Rachel Pinto/Acorda Cidade
Há desde peças que custam R$2 como canetas e sabonetes e peças mais elaboradas como carros, vasos decorativos, barcos e casas que variam entre R$40 a R$300. Entre os trabalhos há inclusive uma réplica do Parque de Vaquejada Coliseu do Sertão. A obra é toda feita com palitos de picolé e segue fielmente o modelo do parque. Desde o telhado até o pátio onde acontecem as disputas dos vaqueiros.
Foto: Rachel Pinto/Acorda Cidade