Com US$ 119,9 milhões, a obra "O Grito", de Edvard Munch (1863-1944), tornou-se a pintura mais cara da história a ser vendida em um leilão, nesta quarta-feira (2), caso se cumpram as previsões de que o quadro arrecade até 150 milhões de dólares.
Em um texto publicado em seu perfil no Facebook, a Sotheby's – casa onde aconteceu o leilão, em Nova York – conta que houve uma "disputa" pela compra do quadro. "Sete candidatos lutaram por mais de 12 minutos antes de o martelo descer e estabelecer o novo recorde mundial", diz a nota.
Antes do leilão, estimava-se que a pintura, uma das quatro versões produzidas pelo artista escandinavo e a única de propriedade privada, pudesse alcançar US$ 80 milhões.
Embora não tenha atingido as previsões mais otimistas, que batiam na casa dos US$ 150 milhões, "O Grito" chegou a valor suficiente para se colocar à frente do quadro "Nu, folhas verdes e busto", de Pablo Picasso, vendido por 106,5 milhões de dólares em 2010.
Antes do leilão, a Sotheby's foi longe para proteger a pintura. Ela ficou sob vigilância 24 horas por dia na sede da instituição, em Nova York, onde fica abrigada em uma minigaleria especialmente construída para isso, atrás de cercas elétricas.
Duas das quatro telas "O Grito" foram roubadas de museus, em 1994 e 2004, mas ambas foram recuperadas depois.
O proprietário do exemplar vendido nesta quarta era Petter Olsen, cujo pai foi amigo e vizinho de Munch. Ele afirmou que, com o dinheiro conseguido com essa sua versão, de 1895, planeja fundar um museu.
Antes da venda, a Sotheby's disse ter feito as estimativas de modo intuitivo."Parece que US$ 100 milhões pode funcionar como uma barreira", disse David Norman, copresidente na instituição para arte moderna e impressionista. As informações são do G1.