Literatura

Centenário de Jorge Amado relembra escritor que 'melhor escreveu um país'

Para escritores estrangeiros, histórias de Jorge Amado continuam sendo a melhor expressão literária da sociedade brasileira.

"Não tenho nenhuma ilusão sobre a importância de minha obra', afirmou Jorge Amado. 'Mas, se nela existe alguma virtude, é essa fidelidade ao povo brasileiro.' A intimidade com que expôs traços, costumes e contradições da cultura brasileira foram um dos fatores por trás da popularidade de que Amado desfrutou em vida. Mas no centenário de nascimento do escritor baiano, o reconhecimento sobre a importância de sua obra continua a crescer no Brasil e no exterior. Amado é um dos escritores brasileiros mais conhecidos internacionalmente, com obras publicadas em 49 línguas e 55 países. O centenário motivou uma série de seminários e eventos comemorativos em cidades como Salvador, Ilhéus, Londres, Madri, Lisboa, Salamanca e Paris. 'Jorge Amado não escreveu livros, escreveu um país', afirmou Couto em 2008, em uma palestra em que prestou testemunho sobre a forte influência do autor sobre escritores africanosAmado nasceu em 12 de agosto de 1912 em Itabuna, na Bahia, e escreveu quase 40 livros, com um olhar aguçado sobre os costumes e a cultura popular do país. Ele morreu em 2001. Amado gostava de se definir como um 'contador de causos'. Mais do que explorar novas linguagens literárias, seu objetivo era conquistar leitores e alcançar a massa, diz Assis Duarte. Sua linguagem era coloquial, simples, como a língua falada; sua forma de contar histórias era folhetinesca, com muitos personagens, ápices e acontecimentos.

Isso ajuda a explicar a rejeição da crítica acadêmica durante muitos anos. Também ajuda a entender as prolíficas adaptações de sua obra para filmes, novelas, peças e séries de TV. As informações são do G1.
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