Bando Anunciador leva a criatividade das fantasias e a alegria para as ruas de Feira de Santana

^{Andrea Trindade}

Cangaceiros, bruxinhas, Branca de Neve, a Bela ao lado da Fera, Chacrinha, deusas gregas, e uma infinidade de personagens conhecidos e outros criados com uso de muita imaginação, invadiram as principais ruas do centro de Feira de Santana, na manhã deste domingo (8). Eles são participantes do Bando Anunciador da Festa de Sant’Ana – pessoas de várias partes da cidade que se encontram fantasiados ou não em um desfile cheio de cores, diversão e criatividade ao som de marchinhas.

^{Fotos: Aldo Matos/Acorda Cidade}

Presente no calendário anual de Feira de Santana, desde seu retorno em 2007, através do Centro Universitário de Cultura e Arte (Cuca) da Universidade Estadual de Feira de Santana (Uefs), o Bando atrai pessoas de todas as idades para anunciar as comemorações e homenagens a Senhora Santana, padroeira de Feira.

Para o coordenador de música do Cuca, Vanderson Nascimento, o evento tem como elemento principal a espontaneidade e o resgate da identidade cultural da Princesa do Sertão. Ele informou ao Acorda Cidade, que a cada ano comparece o dobro de pessoas para participar do Bando e que o evento precisa cada vez mais do apoio da comunidade em sua organização.

“O Bando vem crescendo muito e com isso precisamos de mais apoio, de mais pessoas envolvidas. A gente precisa discuti-lo com a sociedade porque quem faz o Bando não é o Cuca, não é a Uefs, quem faz o evento é a população. É um evento de rua, um evento popular”, declarou.

^{Fotos: Aldo Matos/Acorda Cidade}

Além das marchinhas, o bando este ano teve pagodão e roda de samba. Teve quem curtisse e tem que reprovasse por achar que as marchinhas deveriam ter exclusividade durante todo o percurso. Um fator criticado no evento foi a quantidade de vendedores ambulantes no meio da rua. O coordenador de música do Cuca disse que esse fator será discutido na próxima reunião da para evitar problemas futuros, mas que isso não afetou o brilho do evento.

O bombeiro civil Flávio Lima, participou da festa pela primeira vez como voluntário. Ele observou que a venda de espetinhos deveria ser fiscalizado, pois, além, do risco das churrasqueiras caírem por estares muito próximas às pessoas que desfilam, há também o perigo do próprio espetinho ser usado como arma.
Sobre isto, Vanderson Nascimento disse que a organização buscará meios de resolver o problema.

Personagem carimbada nos eventos culturais da cidade, a Nega Maluca, interpretada pelo técnico em segurança Paulo Mercês, se divertiu bastante, mas também criticou a presença dos ambulantes entre as pessoas que participavam do desfile. Ele sugeriu que no próximo ano, além da fiscalização do comércio na festa haja uma organização maior na saída dos grupos.