Neste domingo (16), é celebrado o Dia Mundial do Pão, o queridinho das mesas dos brasileiros. Esta data foi instituída em 2000, em Nova York, pela União dos Padeiros e Confeiteiros.
Mas a história do pão é muito mais antiga, ele teria surgido há mais de seis mil anos, quando a civilização egípcia descobriu a fermentação do trigo. E desde daquele tempo o pão é considerado um alimento básico, símbolo de poder e de fé.
O chefe Charles de Araújo Valentim, padeiro e gastrônomo, contou ao Acorda Cidade que existem inúmeros tipos e diversidades de pães, sendo um alimento tradicional em todo o mundo.
“O pão é ‘o pão nosso de cada dia’, ele já vem de vários anos, nosso próprio Deus reproduziu para milhares de pessoas. O pão é tudo para nós. Existem pães diferentes, pães macios, crocantes, pães de brioche, pão amanteigado, pão de batata, pães integrais, temos uma variedade de pães”, descreveu.
O chefe disse ao Acorda Cidade que na produção de pães, além da água, farinha e fermento natural, não pode faltar dedicação e amor. E revelou que o pão mais querido em Feira de Santana é o pão francês.
“Os pães mais comuns são o francês, milho e leite, são os mais vendidos e os mais conhecidos pelo nosso público e o mais querido pelo feirense é o francês. Um pão francês hoje aqui custa R$22,90, o quilo, e alguns pães de fermentação natural chegam até R$49,90. Os pães são conhecidos por serem simples, mas existem pães mais elaborados, como os brioches, pães feitos de outra fermentação natural, como uma ciabatta, uma baguete, uma baguete francesa, italiana, esses são pães diferenciados,” explicou Charles.
Ao Acorda Cidade, a nutricionista Jackeline Oliveira, esclareceu que o pão não é um vilão.
“O pão francês ele tem em média 140 calorias, porém o pão não é um vilão, porque nenhum alimento de forma isolada é capaz de promover o emagrecimento ou ganho de massa. O que realmente vai influenciar nessa questão é a alimentação do dia inteiro, são as atividades que o indivíduo pratica, o estresse, são muitos fatores envolvidos nesse processo”, informou.
Pão francês versus Pão Integral
“A questão do pão francês, que a maioria da população consome, é que ele é um carboidrato simples. Então o corpo absorve e digere muito rápido. Se um indivíduo come três pães puros ou com manteiga, logo ele vai estar com fome, porque não foi uma refeição que provocou saciedade. Por isso, a gente considera um pão integral melhor, não por causa das suas calorias, porque a caloria do integral e do francês são praticamente as mesmas, mas ele é classificado com superior devido a quantidade de fibras, que vai ajudar na questão da saciedade e funcionamento intestinal”, explicou.
Além disso, conforme abordou a nutricionista, o pão integral ajuda a controlar a glicemia.
“O pão francês aumenta a glicemia rapidamente. E por conta das fibras do pão integral conseguimos controlar o índice glicêmico, ou seja, a quantidade de glicemia correndo na corrente sanguínea do indivíduo”, disse
Inchaço
“Algumas pessoas se sentem inchadas quando comem pão, principalmente, o pão francês, devido a alguns carboidratos presentes nesse pão que não foram completamente absorvidos, o que faz com que as bactérias intestinais fermentem esses carboidratos promovendo desconforto, gases, muitas vezes constipação, diarreia, dores, dentre outra coisas”, destacou.
A nutricionista, Jackeline Oliveira, revelou que o pão fica mais calórico à medida de como é produzido.
“Os pães doces, normalmente, são os mais gordurosos, acurados, que os deixam mais calóricos, pão que tem nutela, chocolate, goiabada; queijo, a depender do queijo utilizado, pode ser um queijo muito gorduroso, mussarela, cheddar, tudo isso vai influenciar”, pontuou.
Fermentação natural
Segundo Jackeline, o pão de fermentação natural é um pão com basicamente farinha e água.
“Esse pão fica em repouso, durante um determinado tempo e pouco tempo depois ou muito tempo depois, depende da forma de fabricação, ele vai começar a fermentar devido as leveduras e as bactérias presentes no ar em reação com os carboidratos da farinha. É um pão que a gente consegue ter uma digestibilidade maior, mas aí precisamos saber o tipo de farinha que está sendo utilizada. Não adianta ser um pão de fermentação natural e ter farinha branca, que pode fazer mal da mesma forma, por isso é preciso se atentar ao tipo de farinha que tá sendo utilizada na produção desse pão de fermentação natural,” salientou.
Conforme informou a nutricionista, quando uma pessoa, sendo diabética ou não, consome de forma excessiva um pão feito com farinha branca, já vai haver um aumento glicêmico, principalmente, se não tiver fibras ou proteínas associadas a essa refeição.
“Nas pessoas diabéticas a recomendação é realmente restringir o consumo, porque a glicemia pode ser descompensada. Mas independente disso, para qualquer pessoa, a recomendação é que faça o consumo do pão com uma proteína associada ou com fibras para que a gente tenha a saciedade nessa refeição”, orientou.
As informações são do repórter Paulo José e da jornalista Maylla Nunes do Acorda Cidade
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