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Kodak sai da concordata e prevê receita de US$ 2,5 bi com atuação comercial

A nova Kodak vai focar em produtos comerciais como tecnologia de impressão digital de alta velocidade e impressão de embalagens flexíveis para produtos de consumo.

Acorda Cidade

A Eastman Kodak saiu do processo de proteção à falência depois de mais de um ano do pedido inicial e agora planeja continuar como uma empresa de impressão digital menor.
 
A nova Kodak vai focar em produtos comerciais como tecnologia de impressão digital de alta velocidade e impressão de embalagens flexíveis para produtos de consumo.
 
"Vocês não podem imaginar o quanto eu esperei por este momento… Esta é uma companhia totalmente nova", disse o presidente-executivo Antonio Perez.
 
A empresa apresentou falência de US$ 6,75 bilhões em janeiro de 2012, pressionada pelos altos custos de fundos de pensão e longos anos de atraso em adotar a tecnologia de câmeras digitais.
 
A nova companhia espera ter receita de US$ 2,5 bilhões de dólares neste ano, disse Perez.
 
A companhia resolveu em abril uma disputa crucial com seu fundo de pensão britânico, que desistiu de uma demanda de US$ 2,8 bilhões contra a Kodak. O fundo também comprou os negócios de imagens personalizadas e impressão de documentos da companhia por US$ 650 milhões.
 
Perez, no cargo desde 2005, vinha tentando direcionar a empresa para impressoras de consumo e comerciais, mas não conseguiu conter a fuga de recursos. A empresa não tem um lucro anual desde 2007.
 
INOVAÇÃO
 
Mesmo que tenha sido pioneira na área de foto e cinema, a Kodak não conseguiu se adaptar a tecnologias mais modernas rápido o suficiente. Um exemplo é a câmera digital, produto inventado pela própria companhia. Seu valor de mercado caiu para US$ 150 milhões no inicío do ano passado ante os US$ 31 bilhões de 15 anos atrás.
 
Nos últimos anos, a Kodak concentrou suas atenções mais na área de impressoras. Mas a estratégia fracassou de restaurar o lucro, algo que a Kodak não registra desde 2007. Estancar a perda de recursos se tornou mais difícil para empresa que tem de arcar com gastos trabalhistas e outros benefícios de funcionários e aposentados.
 
CAMINHANDO NA LUA
 
George Eastman fundou a Kodak em 1880 e começou a fazer chapas fotográficas. A empresa registrou a marca Kodak oito anos depois. Também lançou a câmera portátil e os filmes de rolo.
 
Quase um século após a fundação, o astronauta Neil Armstrong se tornou o primeiro homem a pisar na Lua, em 1969. A nave americana Apolo 11 tinha a bordo uma câmera Kodak para fotografar a superfície do satélite.
 
Seis anos depois da viagem à Lua, a Kodak inventou a câmera digital. Em vez de apostar nelas, a empresa a deixou de lado e passou anos vendo as rivais conquistando o mercado que criara.
 
Em 1994, a empresa separou o setor de tecnologia da divisão de produtos químicos Eastman Chemical, que se mostrou mais bem-sucedida. As informações são do Folha de S.Paulo
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