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O crescer atual é tecnológico. Nossas crianças, assim como nós, estão cada vez mais envolvidas pelos eletrônicos. Por essas práticas estarem se tornando comuns, algumas discussões sobre o tema vêm sendo levantadas e analisadas por especialistas e pesquisadores. Conforme disposto no portal BBC, a análise de apps e ferramentas voltadas para crianças concluiu que o contato com jogos auxilia no desenvolvimento de habilidades intelectuais.
Os jogos vêm se popularizando de forma positiva; não que a prática seja atual, mas, hoje, por se tratar de algo que agrada todas as idades, desenvolvedores buscam atender a todos os públicos, inclusive os pequenos, que, enquanto se distraem, estão recebendo estímulos para melhorar sua memória, desenvolver práticas de concentração, entre outras questões.
Segundo a pesquisa do professor americano, Edgar Dale, o contato (principalmente adulto) com jogos atende a aumentar em até 90% o índice de retenção de conteúdo, principalmente quando o enredo exige atenção em objetos, cenário ou na própria história do jogo. Isso se dá pelo incentivo indireto que os games dão a seus jogadores. Além da vontade de realizar tarefas e resolver questões, um melhor desempenho deixa o player motivado, o que acaba por refletir nas atividades desempenhadas no dia a dia. No caso das crianças, jogos adequados podem auxiliar na fixação de novas letras ou cores (no caso de crianças menores), incentivar o desenvolvimento de raciocínio lógico, além de aumentar o interesse dos pequenos em temas relacionados à escola, ainda que em casa, tornando o aprendizado mais interessante e leve.
Conheça a gamificação, a prática que transforma atividades em um “jogo”
Entre as opções para quem pretende promover uma elevação no desempenho, está a gamificação. Por promover esse ar de jogo, em que os objetivos de cada tarefa são previamente definidos, as regras e permissões são preestabelecidas e, claro, o objetivo é exposto, fazendo com que a criança desempenhe qualquer tarefa ainda mais motivada.
O ideal é que, assim como em qualquer game, o responsável crie uma história que ambiente a atividade e que a recompensa seja realmente entregue ao final, despertando na criança a vontade de participar – e se dedicar – cada vez com mais empenho.
Para desenvolver um enredo para a atividade, os pais podem buscar referências em jogos existentes, como, por exemplo, no clássico Super Mario Bros (disponível para Nintendo Switch).
O personagem precisa explorar seu universo e realizar inúmeras atividades, tanto sozinho, quanto com a cooperação dos outros personagens. Isso resulta em crescimento, força e melhora das habilidades, e isso tanto pode ser usado como base quando os pais forem aplicar o conceito em uma atividade, quanto o jogo pode ser usado como objetivo/recompensa.
A exposição da criança à experiência pode ser potencializada com o enredo do jogo. Por isso, é indicado que, além de todo o auxílio na atividade, sem que seja tirada a autonomia da criança, os responsáveis também acompanhem – e aprovem – o que será oferecido como recompensa pelo objetivo alcançado. É preciso observar se o “prêmio” será positivo, analisando possíveis opções de abordagens válidas para as próximas atividades e, claro, oferecendo aos filhos a possibilidade de usar a tecnologia como instrumento para seu desenvolvimento.