Rodovias federais precisam de mais de R$ 180 bi

Os gastos foram divididos em três grupos: recuperação, adequação e duplicação; construção e pavimentação; e obras de arte (pontes e viadutos).

O Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) divulgou nesta segunda-feira um estudo sobre a situação das rodovias federais no País e apontou uma necessidade de investimentos de mais de R$ 180 bilhões em obras de infraestrutura. De acordo com o estudo, os gastos foram divididos em três grupos: recuperação, adequação e duplicação; construção e pavimentação; e obras de arte (pontes e viadutos).

O primeiro grupo é o que representa os maiores gastos para o governo (R$ 144 bilhões). Já a construção e a pavimentação de rodovias demandam o investimento de R$ 38 bilhões, enquanto os R$ 83 milhões restantes devem ser aplicados na construção de pontes e viadutos.

De acordo com o Ipea, as obras do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) cobrem aproximadamente 13% das demandas apontadas pelo estudo, sendo que 7% delas no que se refere à recuperação, adequação e duplicação de rodovias.

O Nordeste é a região do País que possui a maior malha rodoviária e a maior demanda por investimentos, mas é apenas a terceira na ordem de recursos do PAC. Essa região ela absorve 18,7% dos recursos do programa, contra 34% destinados à região Sudeste, que tem ocupa a segunda colocação no ranking por tamanho da malha rodoviária e demanda por recursos.

Concessões
O Brasil possui cerca de 170 mil km de rodovias pavimentadas e, em menos de 15 anos, quase 15 mil km foram concedidos à iniciativa privada. Desse total, 4,7 mil km são de estradas federais e 10 mil, de rodovias estaduais.

O percentual de aproximadamente 9% de rodovias nas mãos da iniciativa privada fica bem acima da média mundial, que é de 2%, segundo o Ipea. Uma das principais diferenças no modelo de concessão é que, no exterior, a maioria visa a construção de autopistas, enquanto no Brasil ocorre a transferência de rodovias já construídas com o objetivo de recuperação e manutenção.

"Estudos mostram que só 15% da malha rodoviária do País interessariam ao setor privado. Como cerca de 9% já foram transferidos, não estamos longe de atingir esse teto", afirmou Carlos Campos Neto, do Ipea. Segundo ele, contudo, é possível ir além dos 15% por meio de parcerias público-privadas em rodovias de menor demanda, que não despertariam o interesse do setor privado sozinho.

 

As informações são do Terra

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