Brasil

Portugal realizará levantamento de acervo disponível para recompor o Museu Nacional

O ministro português contou que, coincidentemente, estava no Rio de Janeiro, no domingo em que ocorreu o incêndio.

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O ministro da Cultura de Portugal, Luís Filipe Castro Mendes, prometeu apoio ao Brasil para a reconstrução do Museu Nacional, com a identificação de acervos disponíveis que poderão, no futuro, ser transferidos para a instituição. O anúncio foi feito durante reunião com o ministro da Educação Rossieli Soares, na sede do Ministério da Cultura, em Lisboa, na sexta-feira (14).

“Portugal é berço da história do Brasil. O incêndio ocorrido no Museu Nacional causou grande comoção e repercussão em nosso país. Nossa cooperação para recompor o acervo e patrimônio para o Museu Nacional será mais que um dever”, ressaltou Castro Mendes.

O ministro português contou que, coincidentemente, estava no Rio de Janeiro, no domingo em que ocorreu o incêndio. “Brasil é parte muito importante da história portuguesa. E o Museu Nacional, especialmente, tinha um capítulo significativo dessa história”, lamentou Castro Mendes.

O ministro Rossieli explicou que a sua vinda à Europa estava marcada em função da palestra no Fórum de Parceiros da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco), em Paris, anterior ao episódio do incêndio do Museu Nacional. “Com essa grande tragédia, não poderia deixar de vir a Portugal, com quem o Brasil tem profundos laços históricos. Portugal será essencial para recompormos documentos e acervos a médio e a longo prazo para o museu que foi destruído”, ressaltou Rossieli.

A diretora-geral do Patrimônio Cultural de Portugal, Paula Araújo da Silva, responsável pela gestão de todos os museus de Portugal, irá ao Museu Nacional, no Rio de Janeiro, em missão oficial, para iniciar as primeiras tratativas de apoio ao Brasil. “Tive a sorte de conhecer o Museu Nacional. A dor que nós, portugueses, sentimos por essa tragédia é indescritível. Nosso sentimento, agora, é o de prestar total apoio ao Brasil a recompor essa grande perda”, enfatizou a diretora.

Paula explicou que já tem mantido contato com a direção do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) do Brasil, para alinhamento de ações conjuntas entre os dois países.

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