Acorda Cidade
O atentado contra os estudantes da Fundação Getúlio Vargas (FGV), na última quarta-feira, em um bar a cem metros da faculdade, na região central de São Paulo, foi motivado por ciúme. O autor do crime foi preso ontem e, segundo a polícia, confessou o assassinato de Júlio César Grimm Bakri, de 22 anos, e a tentativa de homicídio contra Christopher Akio Cha Tominaga, de 23 anos.
Policiais do 4.º Distrito Policial (DP), da Consolação, sabem que o segundo atirador é irmão do homem que prenderam. Ele está foragido e há suspeitas de que se esconde na região de Foz do Iguaçu, no Paraná, divisa com o Paraguai. Segundo a polícia, o suspeito foragido tem passagens pela polícia por roubo. Ontem, a polícia também apreendeu uma moto que teria sido usada no crime.
A polícia investigava uma informação de que pelo menos um dos assassinos de Júlio César estava no bar da Avenida 9 de Julho, onde alunos da FGV costumam se reunir. Segundo investigadores, o suspeito que foi preso ontem estava com a namorada no bar. A moça foi ao banheiro, e o suspeito percebeu que os estudantes teriam "mexido" com ela. Quando a garota voltou, o namorado chamou-a para fora do bar e a levou embora.
Foi a outro bar na região, onde estaria seu irmão. Contou o que acontecera. O irmão, segundo a polícia, providenciou as armas. Os dois subiram na moto, chegaram ao local onde Júlio César, Christopher e outros três amigos tomavam cerveja e jogavam baralho e disparam 15 tiros de pistola calibre 45. Cinco deles mataram Júlio César. Outros quatro deixaram Christopher ferido. Ele perdeu um rim e continua internado no Hospital das Clínicas (HC).
A namorada do suspeito preso ontem também foi levada à delegacia. Disse aos policiais, informalmente, que não percebeu que os estudantes tivessem mexido com ela. A polícia não deu mais detalhes sobre a prisão do acusado.
Inocente
Dino Fernando Peporine, de 28 anos, que foi detido na sexta-feira, passou duas noites na cadeia e teve a prisão preventiva decretada por envolvimento no crime, saiu da carceragem do 77.º DP (Santa Cecília) na tarde de ontem. Ele foi levado ao Instituto médico-legal (IML) para fazer exame de corpo de delito. Recebeu informações de um policial que o caso havia dado uma reviravolta e que ele seria libertado. Às 17h50, estava solto. As informações são do Jornal da Tarde