Paraná

Menino de 7 anos morre após brincar com calcário na fazenda da família

Caso ocorreu em Ipiranga (PR). Tio disse que menino ficou sufocado após inalar o pó. Veja os cuidados necessários no manuseio do produto.

Morte de Criança
Foto: Reprodução/RPC

Um menino de 7 anos morreu na manhã de quinta-feira (3) após brincar com uma carga de calcário que seria usada na fazenda da família. O caso ocorreu em Ipiranga, nos Campos Gerais do Paraná, na localidade rural São Manoel.

Segundo o tio da criança, ela ficou sufocada após inalar o pó. A causa da morte não foi especificada.

No Boletim de Ocorrência (B.O.) registrado pela Polícia Militar (PM) consta que o pai aplicava o produto na lavoura enquanto observava o menino brincando com o produto.

Em determinado momento, o pai viu que o menino estava “enterrado” no calcário e rapidamente o retirou do local e levou a criança para o hospital da cidade, segundo o boletim, onde foi constatada a morte da criança.

A família disse que não sabia dos riscos ao mexer com calcário e que, tanto a vítima quanto outras crianças da família, tinham brincado com o material em outros momentos.

A Polícia Científica fez perícia no local, e a Polícia Civil vai ouvir testemunhas para a investigação inicial.

Cuidados ao manusear calcário

O calcário é muito usado em lavouras para corrigir a acidez do solo.

Segundo o Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT), a substância deve ser armazenada em local seco e limpo, dentro da embalagem original fechada. Devem ser evitadas a inalação e a geração de poeira.

O material pode causar irritação nos olhos, pele e sistema respiratório.

A exposição prolongada à sílica cristalina, como é chamada a fração respirável, pode causar tosse, falta de ar, diminuir a função pulmonar, irritar os olhos e até mesmo provocar câncer, diz o IPT.

Em casos de inalação, o Instituto recomenda que a pessoa seja imediatamente levada para espaços com ar fresco e para atendimento médico.

“Se não respirar, se a respiração for irregular ou se ocorrer parada respiratória, fornecer respiração artificial ou oxigênio por pessoal treinado”, diz o instituto.

Fonte: g1

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