Violência

Lista da morte tinha nome de juíza assassinada, delegado e até promotor

Relação foi achada com suposto chefe de grupo de extermínio em São Gonçalo. Quadrilha também tinha PMs

Acorda Cidade

A juíza Patrícia Lourival Acioli, que foi assassinada na noite da última quinta-feira (11), constava em uma lista apreendida pela polícia com os nomes de 12 pessoas marcadas para morrer

 
A relação foi encontrada com Wanderson da Silva Tavares, o Gordinho, no início do ano. O criminoso é apontado como líder de um grupo de extermínio que agia em São Gonçalo e Niterói, na região metropolitana, e que contava com a participação de PMs. Gordinho foi preso no Espírito Santo.
 
Além da juíza, a lista tinha os nomes do promotor Paulo Roberto Mello Cunha Júnior, do titular da 72ª DP, delegado Geraldo Assed Estefan e de três inspetores da Polícia Civil. Na mesma relação, eram citados também quatro PMs suspeitos de participar do grupo de extermínio liderado por Gordinho e de uma informante da quadrilha.
 
Segundo a denúncia do Ministério Público, a quadrilha chefiada por Gordinho sequestrava traficantes das localidades do Complexo do Salgueiro, Menino de Deus, Chumbada, Trindade, Santo Cristo e Coruja, todas em São Gonçalo
 
O grupo exigia resgates aos comparsas e familiares das vítimas, mas mesmo após receberem o pagamento, elas eram assassinadas e seus corpos queimados. Cinco PMs foram presos em agosto suspeitos de participarem do bando
 
Delação premiada
 
Segundo o processo que corre contra Wanderson naVara Criminal de São Gonçalo, ele foi beneficiado por delação premiada por aceitar colaborar com a Justiça
 
O suspeito, inclusive, não participou da última audiência do caso, realizada no dia 26 de junho, porque a defesa alegou que ele temia ficar junto a outros réus, inclusive os PMs.
 
Juíza condenou ex-político
 
No ano passado, a juíza Patrícia Acioli foi responsável pela condenação do ex-vereador Édson da Silva Mota, conhecido como Mota da Copasa. Ele era acusado de chefiar a máfia de vans em São Gonçalo.
 
Mota da Copasa foi condenado a seis anos de prisão pelo crime de formação de quadrilha. Seu filho, suspeito de participar do bando, também foi sentenciado. Segundo consta nos autos, o grupo teria sido responsável por como responsável por uma série de homicídios ocorridos na cidade. As informações são do IG
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