Brasil

Ibama pune mulher que atirou em onça-parda em vídeo viralizado nas redes sociais

O instituto informa que os envolvidos na morte da onça-parda respondem por crimes contra fauna silvestre.

Mulher atira em onça-parda
Foto: Reprodução

Nos últimos dias, o vídeo de uma mulher atirando em uma onça-parda viralizou nas redes sociais causando revolta e gerando discussões sobre maus-tratos aos animais. O Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), emitiu uma nota, nesta quinta-feira (23), informando que a responsável por atirar no animal já foi identificada e localizada, e também divulgou a punição que ela recebeu pelo crime.

O vídeo em questão, gravado em uma área rural do Nordeste do Brasil, mostra uma mulher atirando com uma espingarda em uma onça-parda e comemorando o feito. A onça-parda estava no alto de uma árvore e, após cair no chão, ainda é atacada por quatro cachorros que estavam acompanhando a mulher, o animal não resistiu e morreu.

Com a repercussão do vídeo, o Ibama foi acionado. A fiscalização do próprio órgão junto à colaboração de pessoas que repassaram informações para a instituição resultou na identificação da responsável por atirar no animal.

Ela recebeu uma multa de R$ 5 mil por matar animal silvestre ameaçado de extinção, uma outra multa de R$ 3 mil por maus-tratos ao mesmo animal, além de multa no total de R$ 12 mil por maus-tratos aos quatro animais domésticos utilizados na captura da onça-parda.

O Ibama esclarece que os outros envolvidos nos crimes ambientais também serão responsabilizados. A fiscalização ainda está em processo de localização dos demais.

Na mesma nota divulgada pela instituição, foram informados quais crimes os envolvidos irão responder de acordo com a Lei n° 9.605/98. Os crimes listados foram:

  • Maus-tratos à onça-parda – artigo 32 – com pena de detenção de três meses a um ano;
  • Matar a onça-parda – artigo 29 – com pena de apenas seis meses a um ano;
  • Multa de R$ 5 mil por matar a onça-parda – artigo 24 do Decreto n° 6.514/2008.

Reportagem escrita pela estudante de jornalismo Rafaela Paim sob supervisão do jornalista Gabriel Gonçalves

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