Embora a maior parte da população brasileira seja negra (56,1% de pretos e pardos segundo o IBGE/2023), a desigualdade social em setores estruturais da sociedade – como emprego, educação e renda – ainda é significativa. Segundo o Mover (Movimento pela Equidade Racial), apenas 4,7% de pessoas pretas ocupam uma posição de liderança no mundo corporativo atualmente (Pesquisa Ethos 2016).
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Diante deste cenário, a PepsiCo – uma das fundadoras do Mover em 2020, que hoje possui 50 empresas associadas – expande sua atuação em equidade racial para mudar essa realidade. Agora, a empresa se uniu à Fundação PepsiCo – braço filantrópico da companhia – e por meio de sua marca Doritos lança o edital Impacto Black, programa que visa impulsionar a atuação de instituições, coletivos e projetos sociais sem fins lucrativos liderados por pessoas negras por meio de aporte financeiro, treinamentos e capacitação.
O investimento na iniciativa será de R$ 1 milhão e terá o apoio e parceria do Instituto Feira Preta, que colocará a serviço dos contemplados sua expertise no fortalecimento de organizações sociais negras por meio de sua metodologia Afrolab, ciclo formativo com foco no fortalecimento institucional de diferentes iniciativas lideradas por pessoas negras desenvolvido pelo Instituto.
“Desde 2017, Doritos atua pela diversidade no Brasil e, este ano, amplia sua jornada pela equidade racial ao patrocinar o Festival Feira Preta e apoiando as instituições com o edital Impacto Black. Tudo isso sob a gestão da PepsiCo, que visa inspirar outros atores sociais na construção de uma sociedade mais justa, igualitária e inclusiva”, afirma Alex Carreteiro, presidente da PepsiCo Brasil Alimentos.
O projeto Impacto Black selecionará 10 organizações que atuam em território brasileiro e desempenham papel crucial na promoção de pessoas pretas e/ou comunidades em situação de vulnerabilidade. As organizações selecionadas receberão aporte financeiro, treinamentos e capacitação. Além disso, suas respectivas lideranças participarão de uma trilha de desenvolvimento institucional e pessoal por meio de um programa de mentoria com duração de um ano e que será ministrado por especialistas.
“A iniciativa Impacto Black vai identificar e celebrar organizações e lideranças negras sem fins lucrativos que estão transformando suas comunidades, promovendo inclusão e gerando impacto social local e duradouro. O Impacto Black vai amplificar suas vozes e aumentar o seu impacto positivo nas comunidades em que atuar”, afirma C.D Glin, presidente da Fundação PepsiCo.
As inscrições para o programa são gratuitas e válidas para todo o Brasil – poderão ser realizadas de 11/7 a 12/8 (até às 17h59, horário de Brasília) pela plataforma Prosas através do link https://impactoblack.prosas.com.br/ Ao realizar a inscrição, a organização deve apresentar um plano resumido de como o recurso vai impulsionar a sua atuação considerando sua estratégia, principais objetivos e desafios do contexto e território.
As organizações participantes serão avaliadas pela equipe do Instituto Feira Preta – organização que visa a capacitação e o desenvolvimento de empreendedores negros e organizadora do Festival Feira Preta – e o resultado do projeto será divulgado ao longo do mês de outubro.
PepsiCo pôde contar com a consultoria do Instituto Feira Preta e com a aplicação metodológica da mesma para orientar os cursos de capacitação que serão ministrados para as organizações selecionadas. “Ainda não é todo o mercado que atua como poderia mas, algumas marcas, sim. As construções que tem sido feitas com PepsiCo e Doritos, seja no Festival Feira Preta, que converge várias iniciativas de fomento ao empreendedorismo negro, seja no edital Impacto Black, evidenciam que a co-existência, e consequentemente, a co-criação e a co-realização é o caminho para entregar impacto concreto. Celebro muito essa parceria!”, afirma. Adriana Barbosa, diretora executiva do Instituto Feira Preta.
Critérios para participar do projeto Impacto Black
- Ser uma organização da sociedade civil (ONGs, associações, movimentos, coletivos);
- Estar ativo e formalizado (registrado como pessoa jurídica sem fins lucrativos) há pelo menos um ano;
- A organização deve ser, necessariamente, fundada ou liderada por pessoas pretas;
- A diretoria deve ter, pelo menos, 50% de pessoas pretas conforme a autodeclaração étnico-racial, segundo a classificação do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
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