Duas mulheres morreram e outras cinco pessoas foram internadas após realizarem exames de endoscopia ontem à tarde numa clínica particular de Joaçaba (419 km de Florianópolis). O médico responsável chegou a ser preso, mas foi liberado após pagar fiança.
Maria Rosa Santos, 47, e Santa Aparecida Sipp, 60, morreram depois de terem realizado um exame de endoscopia digestiva, que investiga doenças do aparelho digestivo com o auxílio de um tubo flexível que permite a visualização do trajeto examinado.
Outras cinco pessoas que também se submeteram ao exame na clínica estão internadas em hospitais da cidade e no município vizinho de Videira. Uma delas está em estado grave.
A Polícia Civil investiga se as mortes ocorreram por causa da anestesia intravenosa injetada nas pacientes antes dos exames.
O gastroenterologista Denis Conci Braga, que também é proprietário da clínica, pode ser autuado por homicídio culposo (sem a intenção de matar), de acordo com a Polícia Civil.
O médico pagou fiança de R$ 2.500 e foi liberado após prestar depoimento ontem à noite na Delegacia de Polícia de Joaçaba.
Segundo o advogado do médico, Germano Adolfo Bess, seu cliente afirmou que adotou o procedimento correto e que já realizou centenas de endoscopias anteriormente sem nenhum problema. Ele afirma que a clínica de Braga continuará aberta.
No início da noite de ontem, técnicos do Instituto Geral de Perícias estiveram na clínica para acompanhar as investigações. Os técnicos recolheram para exames luvas cirúrgicas, amostras de água destilada e ampolas das anestesias utilizadas. As informações são do Folha Online