Bárbara Maria
Não importa qual seja a sua idade, em algum momento da sua vida, você já deve ter escutado um trechinho da marchinha de carnaval, intitulada de Ó Abre Alas, composta por Francisca Edwiges Neves Gonzaga, mais conhecida como Chiquinha Gonzaga. E graças a ela, hoje (17.10), é comemorado o Dia da Música Popular Brasileira.
Chiquinha nasceu em 17 de outubro de 1847 e, por esse motivo, em 9 de maio de 2012, foi sancionada a Lei nº 12.624 que oficializou a data como o Dia da MPB. Além de ser a primeira compositora oficial da música popular brasileira, ela também foi pianista, regente, fundadora da Sociedade Brasileira de Autores Teatrais e inspiração para outros grandes nomes da MPB, como Elis Regina, Chico Buarque e Caetano Veloso.
A música popular brasileira resulta de um conjunto de manifestações culturais de influência indígena, africana e europeia. A década de 60 é considerada um período de ebulição para esse estilo musical. Foi nesse momento que passou a coexistir o samba, o jazz, a Bossa Nova, e outros ritmos; período que compositores e intérpretes passaram a contestar o regime militar. A sigla MPB foi popularizada como um movimento próprio de contestação social e política.
Amor pela composição
Alef de Brito Protasio, de 21 anos, começou sua trajetória na música há 8 anos. Hoje, assim como Chiquinha Gonzaga, ele ama a arte da composição e já assinou em média, 40 músicas. Autodidata, ele começou a tocar violão sozinho e dedicava de 4 a 6 horas por dia quando ainda estava aprendendo e conhecendo o novo instrumento. “Quando fui me aperfeiçoando no violão, senti a necessidade de fazer coisas novas e quis me expressar através das palavras”, conta.
Além de cantar e compor, Alef também é estudante de Publicidade e Propaganda e, quando era mais novo, também levava o título de menino do violão. “Meu violão estava 24 horas comigo. Com essa notoriedade, eu era chamado para tocar nos eventos do colégio e em concertos”. As primeiras composições do futuro publicitário começaram com as paródias no colégio e, aos 14 anos, ele fez sua primeira música autoral.
A composição entrou na vida de Alef como um hobby e, apesar de já ter escrito algumas músicas, só esse ano começou a enxergar o dom profissionalmente. “Estou criando um projeto de divulgação. Esse é um mercado um pouco fechado, mas estou buscando conquistar”. Os ritmos musicais que Alef mais se identifica são o sertanejo e o arrocha, mas ele também têm algumas composições de pagode, MPB e outros estilos.
Em relação aos desafios da área, Alef citou que a profissão de compositor é muito complexa, principalmente, nas formas de remuneração. “Esse fator depende muito do acordo entre o compositor, cantor e da arrecadação do Ecad – direitos autorais. Na minha opinião, o mercado musical passa por uma crise. Tudo é bastante efêmero, temporal, as pessoas enjoam muito rápido das músicas e dos artistas. Isso é consequência da produção em massa”, avalia.
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