Taxa de desemprego ficou em 14,8% em junho. Rendimento médio não acompanhou alta do emprego e caiu 1,2%.
A taxa de desemprego nas seis regiões metropolitanas pesquisadas pelo Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Socioeconômicos (Dieese) recuou para 14,8% em junho, frente aos 15,3% registrados no mês anterior. Foi a primeira queda do indicador em cinco meses.
Com o recuo, o desemprego nas regiões pesquisadas atingiu o menor nível desde os 13,9% verificados em maio.
Segundo o Dieese, o número de desempregados nessas regiões reduziu-se em 112 mil na passagem de maio para junho, resultado da criação de 75 mil vagas e da saída de 38 mil pessoas do mercado de trabalho. Com o recuo, o número de desempregados foi estimado em 2,984 milhões de pessoas.
Com a alta de 75 mil pessoas no total de ocupados, o número total foi estimado em 17,171 milhões, resultado numa alta de 0,4% no nível de ocupação – a terceira alta mensal consecutiva. Houve criação de vagas no comércio (80 mil), serviços (22 mil) e outros setores (7 mil). A indústria (-25 mil) e a construção civil (-9 mil) fecharam postos de trabalho.
Regiões
De maio para junho, o desemprego recuo em cinco das seis regiões pesquisadas. A exceção foi Belo Horizonte, onde a taxa ficou estável em 11% – a menor entre as capitais. O maior recuo foi visto no Recife, de 1 ponto percentual. Ainda assim, a taxa de desemprego na capital pernambucana permaneceu entre as maiores, de 19,4%,
Em Salvador, apesar da queda do desemprego, de 21,6% para 21,3%, a taxa foi a maior entre as pesquisadas pelo Dieese.
Rendimento
O rendimento médio dos trabalhadores não acompanhou a alta do emprego em junho. No conjunto das regiões pesquisadas, os rendimentos médios reais de ocupados e assalariados reduziram-se em 1,2%, passando a equivaler a R$ 1.199 e R$ 1.276, respectivamente.
Entre os ocupados, houve queda no rendimento médio em São Paulo (-2,1%), Porto Alegre (-1,7%) e Distrito Federal (-1,0%). Em Recife e Salvador houve relativa estabilidade, enquanto em Belo Horizonte foi registrado crescimento de 0,7%.