O Brasil anunciou as 13 cidades-sede que irão receber as reuniões dos grupos de trabalho do G20: Brasília (DF), Belém (PA), Belo Horizonte (MG), Fortaleza (CE), Foz de Iguaçu (PR), Maceió (AL), Manaus (AM), Porto Alegre (RS), Rio de Janeiro (RJ), São Paulo (SP), Salvador (BA), São Luís (MA) e Teresina (PI).
As primeiras reuniões estão programadas para dezembro, em Brasília, no Palácio do Itamaraty. Entre os dias 11 e 15 ocorrem os encontros das Trilhas de Sherpas — que supervisiona as negociações e discute os pontos que formam a agenda da cúpula, e de Finanças — que trata de assuntos macroeconômicos. No dia 13, pela primeira vez na história, as Trilhas de Sherpas e de Finanças estarão em uma reunião conjunta no início dos trabalhos do G20, e não no fim, como acontecia em cúpulas anteriores. A integração entre as esferas políticas e financeiras será um desafio central durante esses encontros.
ACESSÍVEL – A descentralização das atividades é uma inovação desta edição, transformando o G20 em um fórum mais acessível e representativo. A realização das reuniões nas cidades-sede espalhadas pelas cinco regiões é uma estratégia para fomentar o turismo e o intercâmbio cultural e fortalecer relações bilaterais entre as cidades e as nações participantes. O secretário de Relações Internacionais do Governo do Distrito Federal e coordenador do G20 Brasília, Paco Britto, diz que o impacto econômico, de forma direta e indireta, será positivo na Capital Federal.
Segundo ele, as redes de hotéis da cidade contam com mais de 500 vagas disponíveis, nos meses de janeiro e fevereiro, para receber os visitantes. “Historicamente o período do início do ano é considerado de baixa temporada no Distrito Federal, mas com os eventos do G20 a cidade estará movimentada. Estamos colaborando com a Presidência brasileira para mostrar uma boa imagem de Brasília e do Brasil. Nos preparamos para receber as pessoas, e vamos fazer o possível e o impossível para que isso aconteça da melhor forma”, salienta.
Paco Britto acredita que a visibilidade do Brasil na liderança do G20 vai despertar interesse de investidores. Ele avalia que as reuniões do G20 não apenas destacam a relevância do país no cenário global, mas oferecem uma oportunidade valiosa para abordar questões específicas de cada região. “Brasília, em especial, vai ganhar muito a longo prazo. Temos capacidade para receber investimentos e oferecemos rentabilidade e segurança jurídica”.
O secretário de Desenvolvimento Econômico, Ciência, Tecnologia e Inovação do Amazonas, Serafim Corrêa, diz que a cidade de Manaus tem uma tradição de sediar eventos, como a Copa do Mundo de 2014 e as Olimpíadas, em 2016. Ele avalia que a escolha da cidade para receber reuniões do G20 mostra a relevância da Amazônia para o mundo, e que isso tem efeito imediato no número considerável de pessoas que estarão em Manaus.
“As economias mais importantes do mundo estarão em Manaus e terão a oportunidade de conhecer o nosso modelo econômico. Também vão trazer os olhos do mundo para ver a Amazônia de outra maneira. A outra oportunidade que nos parece bem relevante é a discussão de assuntos que interessam a Amazônia nessas oportunidades que teremos”, observa.
REUNIÕES MINISTERIAIS – Nos dias 21 e 22 de fevereiro de 2024 será realizada a primeira reunião ministerial da Trilha de Sherpas, no Rio de Janeiro. O encontro presencial estará sob a coordenação do ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira. Ainda em fevereiro, nos dias 28 e 29, é a vez de São Paulo sediar a reunião ministerial da Trilha de Finanças. Também de forma presencial, o evento terá a coordenação do ministro da Fazenda, Fernando Haddad. Neste evento, a capital paulista vai receber ministros de finanças e presidentes de bancos centrais das maiores economias do mundo.
Os eventos programados incentivam a participação de líderes e populações locais, empresas e organizações, e representam um passo significativo na descentralização da diplomacia global e contribuem para soluções mais equitativas e sustentáveis sobre uma base de diversidade e entendimento mútuo. O G20 no Brasil em 2024 não é apenas um evento, mas uma oportunidade de redefinir as relações internacionais em um contexto mais inclusivo e participativo.
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