O problema foi encontrado em produtos das marcas Carreteiro, Blue Ville, Fritz & Frida e Kisabor –no caso da Carreteiro, de acordo com a análise, os insetos foram encontrados nas embalagens de lentilha e ervilha; nas demais, apenas nas embalagens de ervilhas.
De acordo com a ProTeste, a análise foi realizada com as marcas de produtos mais representativas do mercado. O teste avaliou nove marcas de lentilha e 11 de ervilhas em grãos. Foram consideradas embalagens plásticas lacradas de 500 gramas. As amostras foram colhidas em dez cidades do país.
Os técnicos inspecionaram as informações presentes nos rótulos, a classificação vegetal (se o produto apresenta defeitos, impurezas e a presença de insetos vivos ou mortos) e fizeram a degustação dos alimentos.
Além da presença de insetos –fato considerado grave pelos pesquisadores– outro problema encontrado foi a classificação errada do tipo do grão, que varia em uma escala de 1 a 5, indicando a qualidade do produto.
"Houve casos em que o grão era de qualidade pior do que o declarado e também casos em que o grão era melhor do que o informado no rótulo", diz a nutricionista Manuela Dias, da Proteste.
IMPRÓPRIO
A nutricionista e vice-presidente da Asbran (Associação Brasileira de Nutrição), Virgínia Nascimento, explica que a presença de insetos no interior das embalagens inicia um processo de fermentação que compromete a qualidade do alimento.
Caso seja ingerido nessas condições, o consumidor pode ter problemas como a dificuldade de digestão.
"Não chega a ser uma contaminação, mas não faz bem à saúde. O alimento fica impróprio para o consumo porque o inseto provavelmente consumiu parte dos nutrientes das ervilhas ou lentilhas", diz Nascimento.
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As informações são do Folha