Em entrevista coletiva na manhã desta segunda-feira (13), o governador Jaques Wagner comentou as reivindicações salariais dos policiais militares que estiveram em greve até o sábado e destacou que melhores vencimentos não correspondem necessariamente a uma polícia melhor.
Para exemplificar o raciocínio, o chefe do Executivo lembrou que outros estados pagam menores salários e alguns têm obtido melhores resultados do que a Bahia na segurança pública. “O salário é um ponto. Mas não se trabalha, por exemplo, só com salário sem cobrança. O ser humano sempre vai buscar uma zona de conforto”, opinou o petista, que apontou deficiências na Corregedoria da corporação para investigar e punir profissionais e ressaltou a aprovação na Assembleia Legislativa de um prêmio que será pago aos PMs que cumprirem as metas de redução de homicídios.
Ao falar sobre o valor dos vencimentos dos profissionais, Wagner pontuou que “R$ 2,4 mil não é grande, mas não dá para dizer que não é nada”. "É claro que o soldado tem uma visão, da qual eu não reclamo. Mas o governo e o comando-geral precisam ter uma visão global", acrescentou.
Ao ser questionado sobre a PEC 300 – que pretende estabelecer um piso nacional para policiais e bombeiros nos moldes do que é pago em Brasília – o governador apontou uma forma alternativa de aumentar os ganhos dos profissionais de segurança.
“A PEC 300 trabalha com o conceito de que, aumentando o salário, a polícia atua melhor. Acho que a reserva orçamentária para a Segurança nos moldes do que acontece com a Saúde e a Educação é um caminho, embora eu não goste, porque ninguém gosta de ter o orçamento engessado. Mas, nesse caso, seria para a Segurança como um todo”, disse. As informações são do Bahia Notícias.