Bahia

TJ-BA marca novas eleições após afastamento de magistrados em ação contra venda de sentenças para grilagem de terras

Pleito para a Mesa Diretora, biênio 2020/2022, será no próximo dia 4 de dezembro; dois desembargadores que tiveram as candidaturas homologadas estão afastados pelo MPF.

Acorda Cidade

Após o afastamento de magistrados em ação contra venda de sentenças para grilagem de terras no estado, o Tribunal de Justiça da Bahia (TJ-BA) divulgou nesta quarta (27) que as novas eleições para a Mesa Diretora do órgão será no próximo dia 4 de dezembro, a partir das 8h30.

Dois desembargadores que estão afastados das atividades desde a Operação Faroeste tiveram as candidaturas homologadas. De acordo com o TJ-BA, o órgão aguarda o posicionamento do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) para saber se os Desembargadores afastados, que são candidatos, poderão concorrer.

A data da nova eleição foi decidida na quarta-feira (27), em sessão presidida pelo desembargador Augusto de Lima Bispo, que assumiu interinamente a presidência do órgão. O pleito estava marcado para ocorrer no dia 20 de novembro, mas foi adiado em decorrência da Operação Faroeste, deflagrada um dia antes.

De acordo com o TJ-BA, até o momento, a lista dos candidatos permanece a mesma homologada na sessão plenária do dia 13 de novembro, publicada no Diário da Justiça Eletrônico de 14 de novembro de 2019.

Para cada cargo será eleito o desembargador que obtiver a maioria absoluta dos votos, realizando-se nova votação entre os dois mais votados, se nenhum alcançar os votos exigidos; para os cargos de Corregedores, caso haja empate, será considerado eleito o desembargador mais antigo na carreira.

Segundo o regimento interno, a eleição será realizada em escrutínio secreto, para cada um dos cargos, observada esta ordem: Presidente, Vice-presidentes e Corregedores. Todos serão eleitos por dois anos, vedada a reeleição.

Operação Faroeste

Quatro advogados e um juiz foram presos e 40 mandados de busca e apreensão foram cumpridos em quatro cidades baianas e em Brasília.

Os mandados foram expedidos pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ) e houve bloqueio de bens de alguns dos envolvidos na investigação sobre legalização de terras no oeste baiano, no total de R$ 581 milhões.

Segundo o STJ, o grupo integra uma organização criminosa. Os afastamentos dos magistrados valem por 90 dias.

Na última quarta-feira (20), a Corregedoria Nacional de Justiça (CNJ) instaurou procedimento contra os magistrados do TJ-BA.

Fonte: G1

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