SOS Chuva

Solidariedade: veja como ajudar moradores das cidades afetadas pelas chuvas na Bahia

Na cidade de Itabuna, mais de 1.500 famílias ficaram desabrigadas ou desalojadas. No domingo (26), o Rio Cachoeira subiu nove metros e provocou enchente na cidade.

Atualizada em: 31.12.21 às 9h10

 

Gabriel Gonçalves

A superintendência de Proteção e Defesa Civil da Bahia (Sudec), divulgou no início da manhã de ontem (26), que mais de 430 mil pessoas foram afetadas pelas fortes chuvas que atingem a Bahia. Ainda de acordo com o órgão, o estado tem 16.001 desabrigados, 19.580 desalojados, dois desaparecidos e 18 mortos.

Em virtude desta tragédia, uma grande corrente do bem, está sendo formada para ajudar quem mais precisa neste momento, como doações de roupas, calçados, e principalmente, alimentos.

Atuando diretamente nas operações para resgatar as pessoas, o 2º Grupamento de Bombeiros Militar de Feira de Santana, designou 15 militares para dar apoio às ações.

Em entrevista ao Acorda Cidade na manhã desta segunda-feira (27) no Programa Acorda Cidade, o tenente-coronel BM Adriano Bertolino Oliveira, explicou que todas as unidades da Bahia, estão sendo enviadas para o extremo Sul da Bahia, com o objetivo de dar o suporte em todas as operações que estão sendo realizadas.

"Todas as unidades do Corpo de Bombeiros aqui do estado, estão sendo mobilizadas nesta Operação SOS Chuvas, e a maior parte do efetivo está concentrada justamente ali no extremo Sul, como Teixeira de Freitas, Porto Seguro, Eunápolis, onde os transtornos já estavam acontecendo desde antes causados pelas fortes chuvas. Ontem por exemplo, estivemos em Jiquiriçá e 33 pessoas foram salvas porque estavam ilhadas sem terem para onde ir", explicou.

As doações que são entregues pelo Corpo de Bombeiros, podem ser deixadas no quartel da unidade, que fica localizada na Tv. Sudene, bairro CIS, em Feira de Santana.

"Nós hoje já temos mais de duas toneladas de alimentos já disponíveis para serem encaminhadas para o Sul da Bahia. Uma outra equipe vindo de Salvador, passará no quartel de Feira de Santana e demais cidades, fazendo uma única rota, até chegar no extremo Sul. Nós aproveitamos até para orientar às pessoas sobre algumas questões, como evitar colocar alimentos insalubres, porque existe toda uma logística até ser entregue nas cidades, e também sobre a questão dos calçados. Nós pedimos que se for possível, que os calçados sejam amarrados um no outro para não se soltarem, pois caso estejam soltos, no momento de entrega, um par pode se soltar do outro", disse.

Na cidade de Itabuna, mais de 1.500 famílias ficaram desabrigadas ou desalojadas. No domingo (26), o Rio Cachoeira subiu nove metros e provocou enchente na cidade.

Nesta segunda-feira (27), o nível do rio começou a baixar e os moradores e comerciantes começaram a contabilizar os prejuízos e limpar os imóveis.

Morando há 30 anos em Itabuna, o assessor de Comunicação da Empresa Municipal de Águas e Saneamento (Emasa) e assessor do prefeito também de Itabuna, Augusto Castro, explicou hoje no Programa Acorda Cidade que nunca vivenciou uma tragédia como esta no município, e comparou a catástrofe, como uma tsunami.

"Infelizmente é um momento muito difícil aqui em Itabuna e em todo o Sul da Bahia. Nosso sistema de água colapsou, o nível da água atingiu os sistemas e não tem como captar nem tratar a água e fazer a distribuição. Itabuna realmente está toda alagada por conta do Rio Cachoeira que subiu nove metros e posso dizer que dentre esses 30 anos que moro aqui em Itabuna, eu nunca vi nada igual como isso, a água invadindo casas, lojas, um prejuízo incalculável, ainda mais para o pessoal que estava saindo desta pandemia, investindo em materiais e acontece essa enchente. Olhando nas redes sociais, é como se tivesse um tsunami aqui em Itabuna. Graças a Deus, a chuva deu uma trégua e o nível do Rio já baixou e a prefeitura está fazendo a limpeza", afirmou.

Além das campanhas de arrecadação de roupas e alimentos, a prefeitura de Itabuna, através da Defesa Civil, disponibilizou contas bancárias.

Foto: Divulgação

Abraçando a campanha, a OAB Subseção Feira de Santana também está realizando a operação SOS Chuvas. Ao Acorda Cidade, o presidente Rafael Pitombo, informou que as arrecadações estarão acontecendo nesta segunda (27) e terça (28).

"Nós estamos arrecadando donativos para as cidades que foram afetadas com as chuvas, e nossa campanha está sendo realizada na sede da OAB, onde deverão ser deixados os donativos hoje e amanhã, sempre das 9h até às 17h. Estamos aceitando os produtos de higiene, limpeza, alimentos não perecíveis, para que possamos estar auxiliando as pessoas que estão sofrendo neste momento", concluiu.

Foto: Divulgação

O Hospital Geral Clériston Andrade (HGCA), também realizou até ontem (28) arrecadação de donativos para serem encaminhados até a região sul do estado.

As doações estão sendo realizadas no auditório da unidade hospitalar até esta terça-feira (28).

Veja outras campanhas de arrecadação:

Fotos: Divulgação

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