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Representantes de hotéis de Salvador receberam, na quarta-feira (28), orientações sobre como atuar diante da identificação de crimes eletrônicos, a exemplo da clonagem de perfis e oferta fraudulenta de pacotes de hospedagem aos consumidores, nas redes sociais. A iniciativa da Secretaria de Turismo do Estado da Bahia (Setur), contou com palestra do delegado João Roberto Cavadas, coordenador do Grupo Especializado de Repressão a Crimes por Meios Eletrônicos (GME).
Após a identificação de uma série de ações cibernéticas prejudiciais à hotelaria e ao público final, a Setur criou e lidera, desde setembro, grupo de trabalho com a Secretaria da Segurança Pública e a Associação Brasileira da Indústria de Hotéis na Bahia (ABIH-BA), com o objetivo de dar celeridade à resolução dos casos, bem como alertar outros meios de hospedagem. De acordo com a ABIH, chega a 20 o número de empresas lesadas na capital.
Segundo o secretário de Turismo da Bahia, Fausto Franco, tais atos ilícitos prejudicam a imagem da Bahia para o turismo, bem como empresários que já vêm passando por momentos difíceis em 2020 em decorrência da pandemia da Covid-19. “Estamos num momento de retomada crescente do turismo e precisamos, mais do que nunca, unir esforços do poder público e iniciativa privada. É preciso entender como são aplicados os golpes e quais estratégias podem ser usadas para prevenção e resolução dos problemas gerados tanto para empresários quanto para seus clientes”, explica.
Luciano Lopes, presidente da ABIH, também acredita que o trabalho em conjunto é fundamental para coibir as ações criminosas. “Temos feito uma ampla divulgação com os associados tendo por finalidade a redução dos impactos desses crimes na atividade hoteleira. É importante ressaltar que estas informações precisam também ser compartilharas com a sociedade, de uma forma geral, visando se precaver destes crimes”, pontua o executivo.
Intervenções práticas
Na palestra “Crimes eletrônicos no âmbito do segmento turístico de Salvador”, o delegado João Roberto Cavadas falou sobre os principais tipos de crimes por meios eletrônicos que vêm sendo aplicados contra hotéis e potenciais turistas, a exemplo de clonagem de contas do WhatsApp. Outras dicas, como a preservação de provas, denúncia de fraude junto às redes sociais (Facebook, Instagram e WhatsApp) e o passo a passo para o registro das ocorrências também foram apresentados.
Também participaram da palestra a delegada Maritta Souza, titular da Delegacia de Proteção ao Turista (Deltur); o superintendente do Sindicato de Hotéis, Restaurantes, Bares e Similares (SHRBS), Gilberto Marquezine; e o presidente da Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel – Bahia), Luiz Henrique do Amaral.