Acorda Cidade
O volume do setor de serviços na Bahia cresceu novamente em agosto (1,3%), na série com ajuste sazonal, após ter registrado alta de 2,5% na passagem de junho para julho.
De acordo com a Pesquisa Mensal de Serviços (PMS), divulgada hoje (11) pelo Instituto Brasileiro (IBGE), o resultado do estado ficou bem acima da média nacional (-0,2%) e foi o terceiro maior avanço dentre as unidades da Federação, ficando abaixo apenas dos desempenhos de Roraima (3,9%) e Espírito Santo (2,8%).
Frente a julho, o volume do setor de serviços caiu em 19 dos 27 estados. Tocantins (-8,1%), Acre (-7,1%) e Alagoas (-5,0%) tiveram as maiores retrações nessa comparação.
Já no confronto com agosto de 2018, o volume de serviços na Bahia recuou (-3,7%). Foi o terceiro resultado negativo consecutivo no estado, na comparação com o mesmo mês do ano passado (o setor já havia caído 6,9% em junho e 4,9% em julho) e um desempenho pior que a média nacional (-1,4%).
Nessa comparação, 20 dos 27 estados viram o volume de serviços cair em agosto, com destaque para Alagoas (-10,7%), Acre (-9,1%) e Distrito Federal (-7,6%).
Com os resultados de agosto, o setor de serviços na Bahia acelerou novamente seu ritmo de queda tanto no acumulado no ano de 2019 quanto em 12 meses, chegando a -1,5% e -1,9% respectivamente (em julho, esses índices haviam sido de -1,2% e -1,5%). Ambos os resultados seguem aquém da média nacional (0,5% no acumulado em 2019 e 0,6% nos 12 meses encerrados em agosto).
Em agosto, 3 das 5 atividades de serviços caem na Bahia, puxadas novamente pelos transportes (-8,2%), que recuaram pelo 3º mês consecutivo.
Segundo o IBGE, a queda no volume do setor de serviços baiano em agosto frente ao mesmo mês de 2018 (-3,7%) foi resultado do desempenho negativo de três das cinco atividades investigadas no estado.
Assim como já havia ocorrido em junho e julho, os transportes, serviços auxiliares aos transportes e correio (-8,2%) foram os que mais puxaram os serviços baianos para baixo em agosto. O segmento sofreu a terceira queda consecutiva e tem o maior peso na estrutura do setor de serviços no estado.
Os serviços de informação e comunicação (-2,4%) foram a segunda principal influência negativa. O segmento vem em quedas sucessivas na Bahia há mais de dois anos (desde junho de 2017).
Por outro lado, os serviços profissionais, administrativos e complementares tiveram a maior alta entre as atividades (3,2%) e foram os principais responsáveis por segurar a queda dos serviços baianos em agosto. O segmento também tem peso importante na estrutura do setor, reunindo diversas atividades direcionadas às empresas (ligadas às áreas jurídica, contábil, de segurança, assessorias e consultorias em diversos campos, entre outras).
Serviços prestados às famílias cresceram
O volume dos serviços prestados às famílias também cresceu na Bahia em agosto (2,1%), mostrando o quarto resultado positivo consecutivo. Turismo baiano é o que mais cresce no país, tanto frente a julho (0,9%) quanto na comparação com agosto de 2018 (2,8%)