Salvador

Salvador recebe programa de atenção às pessoas com diabetes

O programa Viver Bem, do Hapvida Saúde, será lançado na capital baiana na próxima terça (23); em uma década, o número de soteropolitanas com diabetes quase dobrou

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Mudar hábitos e praticar o autocuidado são tarefas que devem ser diárias. Quando se tem diabetes, um dos principais desafios é aprender a conviver com um novo ritmo de alimentação, consultas regulares e exercícios físicos. É justamente pensando neste cenário que o Hapvida Saúde lançou, em 2017, o programa Viver Bem para acompanhar e orientar pessoas diagnosticadas com diabetes tipo 2. Atualmente, o programa é realizado em Fortaleza e será lançado em Salvador na próxima terça-feira (23), para atender clientes da capital e da região metropolitana.

Dados do Ministério da Saúde, divulgados em 2018, trouxeram à tona um número alto de mulheres diagnosticadas com diabetes em Salvador (BA). Foi registrado, no público feminino, um aumento de 45,4% entre os anos de 2006 e 2017. O superintendente da Rede Própria do Hapvida, Anderson Nascimento, destaca que apesar de toda preocupação com a doença, seu tratamento pode ser viabilizado de maneira prática e acessível a todos. "Com medidas simples e econômicas podemos aumentar a qualidade de vida dos pacientes, reduzir o risco de complicações e diminuir o custo geral com a saúde", explica.

Como funciona o Viver Bem

O programa funciona a partir da captação ativa de pacientes com exames alterados que indiquem que ele seja portador de diabetes mellitus. A central de captação liga para o paciente e o convida para fazer parte do programa, marcando consulta com uma das equipes. São selecionados os pacientes Hapvida maiores de 18 anos residentes em Salvador e região metropolitana que tenham exame de Glicemia de jejum acima de 126mg/dL, Glicemia pós-prandial acima de 200mg/dL ou Hemoglobina Glicada acima de 6,5%.

A consulta inicial de acolhimento, acontece, inicialmente, com enfermeira com experiência no atendimento. Ela coleta história pessoal e familiar do paciente, além de exame físico com atenção especial ao exame dos pés, visto que uma das complicações do paciente com diabetes é a perda de sensibilidade dos pés, que pode até levar à necessidade de amputações. Após consulta com enfermeira, o paciente é direcionado para atendimento com médico especializado em Medicina de Família, que fará atendimento dirigido ao tratamento do diabetes e doenças mais comumente associadas, como a hipertensão arterial e a dislipidemia.

Todas as consultas com enfermeira e médico têm duração mínima de 20 minutos, tempo adequado para o profissional ouvir as demandas e entender as particularidades de cada paciente, instituindo, assim, terapia farmacológica e de mudança do estilo de vida apropriada.

O auxílio da atividade física

Já existente em Salvador, o programa de corrida Hapvida +1k é um dos pilares do Viver Bem. A comerciária Dalva Silva Santos, que participa do +1k desde outubro de 2018, foi diagnosticada com o diabetes há cerca de cinco anos. Ela percebeu uma mudança significativa no quadro da doença após as práticas de exercício físico. "Quase não mudei a rotina alimentar, mas após minha participação no programa tenho tido grande melhora em relação à doença. Progressivamente muitos remédios já estão sendo suspensos pela minha médica", destaca.

Números do Programa
Período: novembro de 2017 a março de 2019

• 8.557 pacientes atendidos no Programa Viver Bem em Fortaleza
• 34.779 consultas realizadas com médicos e enfermeiras
• 20.738 atendimentos apenas com profissionais médicos
• 1.243 pacientes com idades maiores de 65 anos
• 225 pacientes com idades entre 18 e 30 anos
• 940 pacientes com idades entre 31 e 40 anos
• 1.992 pacientes com idades entre 41 e 50 anos
• 3.211 pacientes com idades entre 51 e 64 anos
• 32,80% dos participantes de programa conseguiram controlar os níveis da hemoglobina glicada.
 

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