Acorda Cidade
O governador Rui Costa comentou sobre a invasão ao prédio da Governadoria, ocorrida na segunda-feira (12), quando cerca de 50 manifestantes do Movimento de Luta nos Bairros, Vilas e Favelas (MLB) quebraram a porta da entrada principal do prédio e agrediram com socos policiais da Casa Militar do Governador. Rui ressaltou que mantém diálogo permanente com os movimentos sociais, classificou o comportamento como inadmissível e disse que o estado dará continuidade às medidas legais para que os responsáveis respondam por seus atos. Ele também enfatizou que “não é invadindo prédio público que vai furar a fila da habitação”.
“São pessoas que buscam ter repercussão em rede social, em mídia, e ao invés de buscarem representar suas reinvindicações, buscam facilitar a exibição de atos midiáticos. Eu fico triste com isso, porque acho desnecessário. Nós temos um diálogo permanente com todos e acho inadmissível esse tipo de comportamento. Vamos dar continuidade às medidas legais pra que os responsáveis pelo que houve ontem respondam pelos seus atos. Outra coisa que eu quero deixar claro é que não é invadindo prédio público que vão furar a fila da habitação. Não vamos dar privilégios em que fizer invasão pra furar fila. Existe uma fila, e infelizmente o governo federal suspendeu o programa habitacional pra os pobres, e o protesto deveria ser muito mais direcionado a quem suspendeu”, afirmou o governador.
Ele ressaltou que o governo do estado mantem o programa habitacional, e fará novos investimentos. No
entanto, existe uma fila de pessoas cadastradas, algumas que aguardam já há cinco anos.
“Ninguém gosta do fura-fila na vacinação, e não gosta do fura-fila na luta pela habitação. Então não é furando a fila que a gente vai construir uma sociedade que respeite os direitos. A gente estabelece prioridades pelo número de filhos, pela população mais carente, que mais necessita, e não por quem esbraveja mais, grita mais ou invade prédio público. Terá prioridade quem tem mais filhos, quem é mais pobre e quem mais necessita.”
O MLB reivindica acesso à moradia e ocupa um imóvel da Embasa, na Avenida Sete de Setembro. A Embasa solicitou na Justiça a reintegração de posse visando preservar a integridade física e a vida das pessoas que estão ocupando o imóvel, pois há indicativos de haver instabilidade nas estruturas internas do prédio. Já a Secretaria Estadual de Desenvolvimento Urbano (Sedur) realizou, na semana passada, o cadastro dessas famílias no programa de habitação do órgão.