Acorda Cidade
Em agosto deste ano, na Bahia, cinco das oito atividades do varejo restrito (que exclui as vendas de automóveis e material de construção) tiveram quedas nas vendas, frente ao mesmo mês de 2017, Segundo a Pesquisa Mensal de Comércio (PMC), divulgada na última quinta-feira (11) pelo Instituto Brasileiro de Geografia a Estatística (IBGE).
Em termos de magnitude da taxa, o maior recuo ocorreu no segmento de Livros, jornais, revistas e papelaria (-23,7%), porém as quedas nas vendas de Combustíveis e lubrificantes (-16,1%) e Tecidos, vestuário e calçados (-6,3%) foram, mais uma vez, as que mais contribuíram para a retração do varejo baiano como um todo.
Conforme a pesquisa, o volume das vendas de combustíveis seguiu negativo pelo 12º mês consecutivo (as vendas caem seguidamente desde setembro de 2017) e já acumula retração de 14,4% em 2018.
As vendas do setor de vestuário tiveram em agosto seu quinto recuo consecutivo e apresentaram o segundo recuo mais intenso no acumulado em 2018 (-6,6%).
Farmácias e hipermercados em alta
Por outro lado, os destaques positivos no comércio da Bahia, em agosto, mais uma vez, foram os segmentos de artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos (16,8%) e outros artigos de uso pessoal e doméstico (14,1%).
As vendas de produtos farmacêuticos e cosméticos registraram sua 11ª alta consecutiva no estado e acumulam crescimento de 12,6% no ano. Já as de outros artigos de uso pessoal e doméstico seguem crescendo desde maio de 2017 – exercendo, mês a mês, uma das principais influências positivas no varejo baiano e acumulam no ano alta de 12,3%.
Outra influência positiva importante nas vendas do varejo baiano, em agosto, veio do segmento de hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo, que voltou a crescer (2,7%) depois de recuar (-1,8%), em julho.
Leia também:
Crescimento no setor de farmácias em Feira de Santana chega a 12% ao ano
– Na Bahia, vendas do varejo crescem 0,4% de julho para agosto
Segundo o IBGE, em agosto, as vendas do varejo na Bahia voltaram a crescer (0,4%) em relação ao mês anterior, na série livre de influências sazonais, após terem recuado 1,1% de junho para julho. Ainda assim, foi o menor crescimento do país e ficou abaixo da média nacional (1,3%). De julho para agosto, o comércio cresceu em 24 das 27 unidades da federação, com destaques positivos para Paraíba (7,5%), Acre (7,1%) e Minas Gerais (5,5%). As vendas recuaram em Tocantins (-2,0%) e no Piauí (-0,5%). Em Roraima (0,0%) as vendas ficaram estabilizadas.
Na comparação agosto/18 com agosto/17, as vendas na Bahia tiveram leve aumento (0,1%), mas ficando muito abaixo da média nacional (4,1%). Nesse confronto, o desempenho do varejo foi positivo em 23 das 27 unidades da federação, com os maiores crescimentos na Paraíba (14,1%), Espírito Santo e Maranhão (ambos com 9,6%) e Pará (9,1%).
Mesmo com o retorno aos resultados positivos em agosto, o varejo baiano continua em queda no acumulado no ano de 2018 (-0,8%), ficando bem abaixo da média nacional (2,6%).Já nos 12 meses encerrados em agosto, as vendas do comércio varejista na Bahia se mantêm com um resultado positivo de 0,4%, também abaixo da média nacional (3,3%).
– Vendas do varejo ampliado baiano cresce de julho para agosto, mas recua em relação a agosto de 2017
O IBGE informou que, na Bahia, as vendas do comércio varejista ampliado voltaram a crescer em agosto (0,4%), frente ao mês anterior, após apresentar resultado negativo em julho (-2,6%). O resultado foi o menor crescimento do país, nessa comparação, ficando bemabaixo da média nacional (4,2%).
Na comparação com agosto de 2017, o varejo ampliado baiano teve queda nas vendas (-0,1%) e um desempenho pior que a média nacional (6,9%). Com este resultado, segundo o IBGE, o acumulado no ano das vendas do comércio varejista ampliado na Bahia desacelerou, de 2,6% em julho para 2,3% em agosto. Nos 12 meses encerrados em agosto, a variação também desacelerou, mas ainda se manteve positiva (3,1%).
O varejo ampliado engloba, além do varejo restrito, as vendas de veículos, motos, partes e peças e de material de construção, para as quais não se consegue separar claramente o que é varejo do que é atacado.
Frente a agosto de 2017, as vendas de veículos, motos, partes e peças recuaram (-0,8%) após apresentar alta de 5,8% emjulho. Com o resultado, o acumulado no ano, para o setor, também desacelerou, de 12,6% em julho para 10,6% em agosto.
Já as vendas de material de construção apresentaram leve crescimento em agosto, passando de -2,2% em julho para 0,5%,mas ainda assim desacelerando no acumulado no ano, de 3,2% em julho para 2,8% em agosto.