Economia

Quedas em fabricação de veículos e de produtos derivados de petróleo puxam produção da indústria baiana para baixo

A indústria automobilística da Bahia recua há um ano, caindo seguidamente desde fevereiro de 2020 e, em janeiro, apresentou o seu pior resultado desde maio de 2020.

Acorda Cidade

O recuo na produção industrial da Bahia na comparação com janeiro de 2020 (-13,9%) refletiu as quedas tanto na indústria extrativa (-2,3%), sétimo recuo consecutivo, quanto na indústria de transformação (-14,5%), primeira queda após dois meses de alta. Os dados foram divulgados hoje (10) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) através da Pesquisa Industrial Mensal – Produção Física (PIM-PF Regional).

Houve recuos em 7 das 11 atividades da indústria de transformação investigadas separadamente no estado, com destaques para a fabricação de veículos automotores, reboques e carrocerias (-88,5%) e a fabricação de coque, de produtos derivados do petróleo e de biocombustíveis (-15,9%).

Foram elas que mais puxaram a produção industrial baiana como um todo para baixo, em janeiro.

Segundo a pesquisa, o segmento de derivados de petróleo é o mais representativo na estrutura industrial baiana e teve, em janeiro, seu segundo resultado negativo consecutivo.

Já a indústria automobilística da Bahia recua há um ano, caindo seguidamente desde fevereiro de 2020 e, em janeiro, apresentou o seu pior resultado desde maio de 2020 (-97,6%).

Entre as 4 atividades industriais com aumento de produção em janeiro 21/ janeiro 20 na Bahia, os principais destaques, em contribuição para segurar a queda da indústria baiana no mês, vieram da metalurgia (71,6%) e da fabricação de outros produtos químicos (6,8%).

A maior taxa positiva veio da fabricação de equipamentos de informática, produtos eletrônicos e ópticos (117,7%), porém esta atividade possui um peso menor na indústria do estado. 

Em janeiro, a produção industrial da Bahia caiu (-3,2%) frente ao mês anterior, na comparação com ajuste sazonal.

Este foi a segunda queda consecutiva para o estado nesse comparativo e o pior resultado para um mês de janeiro desde 2015 (-8,6%). Com a retração, a indústria baiana ficou abaixo do desempenho nacional no mês (0,4%).

O setor fabril da Bahia ainda não se recuperou das perdas registradas desde que se iniciou a pandemia da Covid-19, mantendo uma queda acumulada na produção de -10,5% entre os meses de março de 2020 e janeiro de 2021.

Dos 15 locais pesquisados pela Pesquisa Industrial Mensal (PIM-PF) Regional do IBGE, 7 apresentaram crescimento na passagem de dezembro para janeiro. Os melhores desempenhos ocorreram no Pará (4,4%), Pernambuco (3,6%) e Rio de Janeiro (2,9%). A Bahia apresentou resultado idêntico ao Mato Grosso (-3,2%), e superior ao desempenho de apenas dois estados: Espírito Santo (-13,4%) e Amazonas (-11,8%).

Além de apresentar resultado negativo frente ao mês imediatamente anterior, em relação a janeiro de 2020, a produção industrial baiana apresentou o maior recuo do país (-13,9%), empatado novamente com o Mato Grosso.

Esta foi a primeira queda para o estado nessa comparação após dois resultados positivos, em novembro (0,6%) e dezembro (0,4%).

O resultado negativo apresentado na Bahia foi bem pior que o nacional (2,0%) e um dos 7 recuos registrados entre os 15 locais investigados.

Os melhores devempenhos na comparação entre janeiro21/janeiro20 ficaram com o Pará (13,3%), Paraná (11,5%) e Santa Catarina (10,1%).

Nos 12 meses encerrados em janeiro, a indústria na Bahia também se mantém no negativo (-7,1%), frente aos 12 meses imediatamente anteriores. O resultado também está pior que o verificado no Brasil como um todo (-4,3%).

O quadro a seguir mostra as variações da produção industrial brasileira e regional em janeiro de 2021. 

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