Acorda Cidade
A produção da indústria de transformação baiana registrou queda de 9,4% em fevereiro deste ano, no acumulado de 12 meses, ocupando a 13ª posição no ranking dos quatorze estados que participam do estudo Produção Industrial Mensal – Produção Física (PIM-PF). De acordo com a nota PIM-PF, elaborada pela Federação das Indústrias do Estado da Bahia (Fieb), na média, a indústria de transformação brasileira apresentou queda de 4,4% no mesmo período.
Na Bahia, seis dos onze segmentos analisados apresentaram queda: Veículos automotores (-55,5%), Metalurgia (-25,7%), Couro e Calçados (-21,1%), Equipamentos de Informática (-15,5%), Borracha e Plástico (-9,9%), Minerais não metálicos (-2,2%).
Por outro lado, apresentaram crescimento os segmentos de Produtos Químicos (6,0%); Celulose e Papel (4,0%); Refino de petróleo e biocombustíveis (3,7%), Bebidas (1,2%) e Alimentos (0,4%).
“A pesquisa revela o impacto expressivo que o fechamento da Ford trouxe para a indústria baiana. Esse resultado negativo deve se repetir ao longo do ano. É bom lembrar que o complexo da Ford em Camaçari representava o 5º maior setor da indústria de transformação da Bahia. O encerramento da produção de uma atividade tão importante obviamente gera impacto significativo no agregado da indústria e em toda a economia do estado da Bahia”, ressalta o gerente de Estudos Técnicos da FIEB, Ricardo Kawabe.
Além do encerramento da produção de veículos no complexo da Ford em Camaçari, há ainda o impacto da pandemia de Covid-19. “A persistência da pandemia provoca restrições nas atividades do setor de comércio, serviços e indiretamente ao setor industrial, ao reduzir a demanda por produtos industriais”, comenta Kawabe.
Acumulado 2021
No acumulado dos dois primeiros meses deste ano, a produção da indústria de transformação baiana caiu 18,7% (maior queda entre os 14 estados), enquanto a indústria nacional cresceu 2,0%. O resultado se deve à queda nos setores de Veículos automotores (-95,9%), Refino de petróleo e biocombustíveis (-19,4%), Minerais não metálicos (-5,5%,), Alimentos (-4,0%), Bebidas (-3,3%), Couro e Calçados (-1,1%), Borracha e plástico (-0,5%).
Em contrapartida, apresentaram crescimento os segmentos de Equipamentos de informática (31,6%), Produtos Químicos (9,3%), Metalurgia (7,1%) e Celulose e Papel (4,0%).
A Nota PIM-PF aponta que a recuperação econômica esperada para 2021 depende do controle da pandemia, com o avanço da vacinação da população, e da agenda de reformas no Congresso, com destaque para as reformas Administrativa e Tributária.