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Moradores do município de Pé de Serra, realizaram no meio da tarde de quarta-feira (25), uma caminhada para cobrar apuração e justiça na morte do casal de jovens, Fernando de Oliveira, de 19 anos (completaria 20 no próximo sábado) e Lucivânia Lima Lopes, de 21 anos, encontrados carbonizados dentro do porta-malas do veículo Siena, p/p JSE-1091, licença de Salvador, de propriedade do pai do jovem.
A caminhada saiu ás 16h da Rua Dioclécio Roque de Menezes, onde mora os pais de Fernando e seguiu para o centro da cidade, passando inicialmente pela Câmara de Vereadores, onde houve a primeira parada. Os manifestantes portanto cartazes pediram aos vereadores para que não fossem omissos diante da situação de violência que vem causando medo aos habitantes do município.
Em seguida passaram em frente do Fórum, quando protestaram contra a falta de juiz e promotor e chegaram a Praça da Matriz e em frente à Igreja Católica, a mãe de Fernando, Dalvacy de Oliveira, fez um apelo que emocionou a todos. “Vocês não têm noção da dor de uma mãe neste momento. Sabe eu e a mãe de Vânia”, falou Dalvacy ao lado do esposo Benedito.
Sob o som da música “Canção da América”, de Milton Nascimento, os manifestantes foram até a Delegacia, que após trinta dias, teve as portas abertas por alguns instantes, antes da chegada dos manifestantes.
Entenda o caso que abalou Pé de Serra
O município de Pé de Serra, localizado no Território do Sisal, “parou”, desde ás 16h de segunda-feira (23), quando chegou a notícia que os corpos de Fernando e Vânia foram encontrados carbonizados á 03 km da sede. A partir daquele momento a cidade parou, o comércio fechou as portas, as escolas suspenderam as aulas e estão sem funcionar desde segunda-feira.
O que aconteceu até o desaparecimento dos jovens
Fernando de Oliveira, mora com os pais na Rua Dioclécio Roque de Menezes, próximo ao centro da cidade. Ele saiu da casa por volta das 21h de domingo para levar sua tia Vera Lúcia Carneiro até a residência, deixando na Praça da Matriz.Até ás 22h, ele foi visto na Praça passeando com o carro do pai com baixa velocidade. Está informação foi prestada ao CN pelo subcomandante da Guarda municipal, Romiro Oliveira Vieira. “Neste momento, ele estava sozinho e dirigia o carro do pai bem devagar. Depois deste momento, não vimos mais”, contou Vieira.
No outro lado da cidade, mais precisamente na Rua João Campos, onde mora Dona Eunice Paulina de Araújo, 69 anos, Lucivânia Lima Lopes, que já estava deitada, recebia uma ligação e sem muita explicação, levantou, lavou o rosto, foi até a casa vizinha onde moram seus pais, retornou em seguida, ficou por alguns minutos com os braços cruzados encostada numa parede, depois resolveu sair sem dizer para onde ia e não mais voltou.
Quem contou está história foi à aposentada Eunice Paulina, avó de Vânia, como era conhecida Lucivânia Lopes. Ele disse também que a neta gostava de festa, mais não tinha hábito de passar a noite fora de casa e que ficou feliz ao chegar da igreja Congregação Cristã de Brasil e encontrar a neta deitada, der repente, sem muita explicação, levantou e saiu de casa. Agora o que todos querem saber foi que aconteceu com Fernando e Vânia. Todos apelam por justiça, esclarecimento do caso e punição para os autores desta barbaridade.
Fonte: Calila Notícias
Fotos: Raimnudo Mascarenhas