Bahia

Policiais Rodoviários Federais em greve realizam apenas serviços essenciais

Edemo Pires disse que a categoria está reivindicando a reestruturação de carreira com um tratamento igualitário as demais carreiras típicas de estado.

Daniela Cardoso

 
Os servidores da Polícia Rodoviária Federal (PRF) aprovaram a adesão a greve nacional da categoria por tempo indeterminado. Essa é a primeira greve em toda a história da PRF, criada em 1928. O inspetor Edemo Pires, vice-presidente do Sindicato dos Polícias Rodoviários do Estado da Bahia disse que a PRF está atendendo apenas aos serviços essenciais.
 
“A gente tem como objetivo algumas reivindicações ao governo que viemos tentando negociação um ano e meio e que não houve uma resposta do Governo Federal. Com essa assembleia nacional decidimos que entraríamos em greve, porém alguns serviços essenciais não vamos deixar de fazer. Vamos cumprir o que determina a lei de greve”, ressaltou.
 
Os serviços essências são atendimento aos acidentes com vítimas, prestação da segurança em caso de bloqueio das estradas e caso aconteça acidentes sem vítimas, os envolvidos deverão se dirigir até um posto da PRF para prestar queixa.
 
Edemo Pires disse que a categoria está reivindicando a reestruturação de carreira com um tratamento igualitário as demais carreiras típicas de estado
 
“Pode incorrer em aumento de salário, porque estamos com a distorção grande em função das outras carreiras. Queremos também nível superior, porque fazemos o concurso de nível superior, mas somos enquadrados como profissionais de nível intermediário, então existe esta distorção”, afirmou.
 
Sem acordo
 
As negociações entre os representantes da Polícia Rodoviária Federal (PRF) e o governo federal seguem sem acordo. Após reunião com o secretário de Relações do Trabalho do Ministério do Planejamento, Sérgio Mendonça, os sindicalistas não aceitaram a proposta oferecida e mantêm a greve.
 
O presidente da Federação Nacional dos Policiais Rodoviários Federais, Pedro Cavalcanti, disse que foi oferecida uma “proposta diferenciada” à categoria, mas não quis revelar detalhes. “Nos ofereceram uma proposta diferenciada do que tem sido oferecido às outras categorias. Mas, de maneira geral, é uma proposta que possivelmente vai ser recusada”, disse aos jornalistas.
 
A assessoria de imprensa do Planejamento negou a informação de “proposta diferenciada”. Segundo informou, a proposta foi reajuste de 15,8%, parcelados em três anos. O percentual é o mesmo proposto a outras categorias em greve. Uma nova reunião com a categoria foi agendada para a próxima segunda-feira (27).
 
Com informações do repórter Ed Santos do Acorda Cidade e da Agência Brasil.
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