Greve por tempo indeterminado

PM diz que serviço de segurança não é afetado na Bahia

Segundo o diretor de comunicação da Polícia Militar, Gilson Santiago, o objetivo dessa declaração de greve é 'causar intranquilidade'

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Diante da iminência de paralisação anunciada por parte de seu contingente, a Polícia Militar afirma em nota, por volta das 21h desta terça-feira (31), que "os serviços de segurança na Bahia ocorrem dentro da normalidade". Segundo a PM, a rotina de policiamento é mantida na capital e no interior do estado. A corporação tem cerca de 30 mil policiais militares na Bahia e dez mil deles atuam na capital.

Em nota, a corporação relata que irá avaliar as solicitações enviadas pelos policiais manifestantes ao comando. O anúncio de greve foi manifestado pela Aspra (Associação de Policiais e Bombeiros e de seus Familiares do Estado da Bahia), que realizaram assembleia na tarde desta terça-feira (31) no Ginásio dos Bancários, localizado nos Aflitos, em Salvador. Os participantes votaram a favor da greve por unanimidade. A Aspra é uma das nove entidades de classe que existem na Bahia.

A assessoria de comunicação da Secretaria de Segurança Pública (SSP-BA) relata que o secretário da pasta, Maurício Barbosa, o coronel da PM, Alfredo Castro, e outros representantes da corporação se reuniram nesta noite para tratar do assunto. A corporação tem cerca de 30 mil policiais militares na Bahia e dez mil deles atuam na capital.

Dirigentes da Aspra estão no Centro Administrativo da Bahia (CAB), onde entregaram a pauta de reivindicação na Governadoria, e aguardam reunião com o vice-governador Otto Alencar, que Jaques Wagner em Cuba com a presidente Dilma Rousseff. Eles também ocuparam a sede da Assembleia Legislativa, no CAB, e, por volta das 22h, realizam uma reunião com o presidente da Casa, Marcelo Nilo.

"Estamos tentando ver com ele a possibilidade de mediar as negociações com o governo do estado. Explicamos a situação e queremos que ele abra um canal de diálogo com o governador", afirma o soldado Augusto Júnior, representante da cidade de Ilhéus na Aspra. Após a reunião, o soldado diz que as lideranças do movimento irão se reunir para decidir se mantém a posição de greve de seus filiados.

De acordo com o sargento Fabio Britto, diretor jurídico da Aspra, a reivindicação exige o cumprimento do pagamento da Gratificação por Atividade de Polícia (GAP) IV e V, que iriam compor a remuneração dos policiais, chamada de soldo, além de regulamentação do pagamento de auxílio acidente, periculosidade e insalubridade.

O sargento Fabio Britto explica que atualmente os policiais militares recebem mensalmente a soma do valor do salário mínimo com a GAP III. A remuneração fica em torno R$ 2.300, diz. "Também pedimos o cumprimento das leis 12.505 e da 12.191, sancionadas por Dilma e Lula, respectivamente, que falam sobre a anistia aos policiais punidos que lutaram por melhorias salariais entre 1997 e 2001 e que não estão sendo cumpridas pelo governo do estado", acrescenta. As informações são do G1.

 

Confira a íntegra da nota divulgada pela PM ontem à noite

A Polícia Militar do Estado da Bahia vem a público tranquilizar a população baiana informando que os serviços da instituição estão, regularmente, mantidos com a confiança que o Governo do Estado e o Comando-Geral possuem na responsabilidade e compromisso da tropa de garantir a paz dos seus familiares, amigos e a sociedade como um todo.

Ao mesmo tempo esclarece, também, que todas as propostas da Polícia Militar estão sendo discutidas com o Alto Comando da Corporação e com a participação direta das associações legais e legitimamente constituídas. As providências estão sendo tomadas junto ao Governo do Estado para implementação das ações de Segurança Pública no seu todo, além de melhorias das condições, não na área salarial, mas também com a aquisição de viaturas, equipamentos de proteção individual, entre outros.

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