O caso começou depois que mulher, de 40 anos, foi à delegacia no dia 11 de março para prestar queixa contra outra mulher que a teria agredido durante uma briga. Na ocasião, segundo a polícia, ela não teria conseguido detalhar os motivos da briga por estar visivelmente alcoolizada.
Devido à condição, foi recomendado que ela voltasse para casa e retornasse depois para abrir a queixa. Ela saiu da delegacia e, de acordo com a polícia, retornou ao bar, envolvendo-se em uma segunda briga. Por conta da ocorrência, ela precisou ser levada à delegacia por policiais militares, junto com uma outra mulher. Segundo a polícia, o expediente da unidade já tinha sido encerrado e o carcereiro ligou para o escrivão para pedir orientação sobre o que fazer com as duas mulheres.
Após a indignação da diarista, que exigia a presença de policiais para prestar a queixa, o funcionário pediu uma nova orientação aos agentes, e foi pedido, novamente, que fosse para casa. Segundo a polícia, ela se recusou e teria tentado beijar o carcereiro enquanto o rapaz jantava. Ainda de acordo com a versão do rapaz, a mulher não teve sucesso na tentativa e teria saído da delegacia a pé. A polícia informou que vizinhos da unidade relataram ter visto a diarista saindo do local.
Três dias depois, na quinta-feira (14), a diarista voltou à delegacia e denunciou o funcionário por violência sexual. Ela teria informado que não fez a queixa antes por medo de represálias. A delegada da unidade disse que solicitou exame de corpo de delito, realizado no mesmo dia, na cidade de Irecê, e abriu um inquérito para investigar a acusação contra o carcereiro.
O carcereiro, que presta serviços à prefeitura de Canarana, foi afastado do cargo até que a apuração seja concluída. A delegacia informou que a expectativa é de que os resultados do exames estejam prontos até a sexta-feira (22).