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Auditores fiscais do Ministério Público do Trabalho na Bahia (MPT-BA) estiveram na Vila dos Coreanos, que fica em Formosa do Rio Preto, no oeste do estado, onde cinco crianças foram encontradas mortas em uma vala após saírem para brincar. Eles visitaram o local na tarde de segunda-feira (9).
De acordo com o órgão, a visita faz parte de uma inspeção que envolve requisição e análise de documentos, bem como pesquisas nos bancos de dados oficiais. O MPT-BA ainda destacou que a ida ao local é importante para confirmar o nome da empresa responsável pela obra.
O MPT-BA apura três possibilidades para a morte das crianças coreanas: acidente, trabalho infantil ou negligência. Um inquérito foi aberto pelo órgão para investigar o caso.
De acordo com o MPT, a tragédia pode ter sido acidental, causada pela falta de sinalização e proteção no local da obra; por negligência, caso a sinalização e/ou área de proteção tenham sido obstruídas; ou por causa de trabalho infantil, que é considerado ilegal.
O MPT-BA destacou que nenhuma das hipóteses é descartada, até o momento. O órgão público ainda salientou que a segurança da obra é de responsabilidade de quem a executa, e que o local deve contar com medidas de segurança e sinalização adequadas.
Até o momento, não há informações sobre quem teria aberto a vala que, segundo a Polícia Civil, teria sido feita para melhorar as condições sanitárias do local.
Embaixada da Coreia busca informações
A Embaixada da República da Coreia enviou um ofício para prefeituras de duas cidades baianas, a fim de coletar informações sobre o caso. A equipe da TV Oeste, afiliada da TV Bahia, teve acesso com exclusividade ao documento, na segunda-feira (9).
O ofício, enviado no dia 30 de abril, é direcionado às prefeituras de Formosa do Rio Preto e Barreiras, na mesma região, e pede apoio das autoridades locais nas investigações.
No documento, é citada a Convenção de Viena, que estabelece um tratado entre países para mútua colaboração. Além disso, é informado que dois diplomatas se dirigiram para o local, em busca de mais informações. Eles são identificados como Gun Hwa Kim, ministro e encarregado de negócios, e a cônsul Kyung Mi Nam.
Relembre o caso
A situação ocorreu no dia 29 de abril. As cinco crianças coreanas saíram para brincar e foram encontradas mortas em uma vala na fazenda Paraíso, que fica dentro da Vila dos Coreanos, onde vivem cerca de dois mil asiáticos e descendentes.
De acordo com a Polícia Civil, o caso aconteceu por volta das 12h, no entanto, os pais das vítimas sentiram falta das crianças por volta das 15h. O Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) foi acionado quando os corpos foram encontrados pelos familiares, porém, as equipes já acharam os pequenos sem vida.
Os sepultamentos foram realizados no dia 1º de maio, em um cemitério particular que fica na Vila dos Coreanos, mesmo local onde ocorreu a tragédia. O acesso à comunidade é restrito às 160 famílias que habitam o local.
Duas vítimas tinham 11 anos, outras duas tinham 7 e a mais nova, tinha 6. A prefeitura decretou luto de três dias por causa da tragédia.
Fonte: G1
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