Acorda Cidade
O Ministério Público da Bahia irá investigar os gastos do governo com a ocupação do Movimento dos Sem-Terra (MST) na Secretaria de Agricultura (Seagri), no Centro Administrativo do Governo da Bahia (CAB). Segundo informações da TV Bahia, em oito dias de acampamento o governo tem fornecido aos trabalhadores, lonas, banheiros químicos e alimentação, gastando cerca de R$40 mil reais.
Segundo a promotora Rita Tourinho, o governo não pode privilegiar apenas um movimento social, “a função dele (governo), é atender o coletivo e não pode se desvirtuar do atendimento da coletividade como um todo”. Sobre o investimento a promotora completa: “Já instauramos um procedimento, pedimos todos os processos referentes à situação".
Para o coordenador do MST na Bahia, Márcio Matos, “é extremamente natural a secretaria disponibilizar uma estrutura mínima para que os trabalhadores aguardem as negociações com o governo”. Para a Seagri, era necessário assegurar "as condições dignas de alimentação e higiene" e não houve ilegalidade porque a Procuradoria Geral aprovou a liberação da verba.
As ocupações do movimento marcam o Abril Vermelho, campanha anual que lembra o dia do massacre de Eldorado dos Carajás, quando 19 integrantes do MST foram mortos por policiais militares em uma fazenda da cidade paraense em 1996. De acordo com Márcio Matos, coordenador do MST na Bahia, o outro objetivo do movimento é “cobrar do governo federal e estadual medidas ou melhorias sobre a reforma agrária”. As informações são do Correio