Acorda Cidade
Moradores da localidade da Alameda Jardim Placa Ford, no bairro de Piatã, em Salvador, precisaram ser resgatados de casa com botes, após as chuvas que vêm caindo em Salvador fazerem o Rio Jaguaribe transbordar, neste sábado (11).
Entre as pessoas que receberam socorro, estão idosos com mais de 70 anos e uma senhora cadeirante, que ficaram presos no primeiro andar de residências. A região atingida também tem um abrigo de idosos, mas eles não precisaram ser resgatados durante a operação.
Os moradores contam que o rio começou a invadir as casas durante a madrugada. Os imóveis ficaram tomados pela água que, em alguns pontos, chegou a alcançar a altura do peito. O resgate foi feito por agentes do Salvamar. Usando botes e remos, as equipes transitaram nas ruas do bairro e transportaram as vítimas até um ponto menos atingido pela água. Ninguém ficou ferido.
Em 12h, foram registrados 268 mm de chuva na capital baiana. O índice é maior que o previsto para todo o mês de maio. Moradores afirmaram que o nível do rio subiu com a chuva, e a água não teve escoamento por conta de uma obra de macrodrenagem realizada no local.
Em nota, a Companhia de Desenvolvimento Urbano do Estado da Bahia (Conder), que realiza o serviço na região, negou que a obra tenha relação com o alagamento. Segundo o órgão, o local onde ocorreu o alagamento está afastada do ponto onde os operários trabalham.
Foto: Victor Silveira/TV Bahia
Além de Piatã, bairros como Valéria e Itapuã também sofreram com as chuvas na cidade. Até as 11h deste sábado, a Defesa Civil (Codesal) da capital baiana já havia registrado 102 ocorrências.
Segundo a Codesal, foram 48 alagamentos de imóveis, 2 alagamentos de área, 7 ameaças de desabamento, 1 ameaça de deslizamento, 5 árvores ameaçando cair, 4 caídas, 1 desabamento de muro, 3 desabamentos parciais, 29 deslizamentos de terra, 1 infiltração e 1 avaliação técnica.
Não houve registro de vítimas em nenhum dos casos, conforme a Defesa Civil. Em nota, a Codesal informou que permanece de plantão 24 horas, atendendo às solicitações pelo telefone gratuito 199.
Fonte: G1