Acorda Cidade
Uma mãe comoveu moradores da cidade de Una, no sul da Bahia, ao raspar a cabeça para apoiar a filha que faz tratamento contra o câncer. O gesto de Marileide Rosa foi registrado em vídeo e viralizou nas redes sociais.
Maila Sofia, de 5 anos, foi diagnosticada com leucemia em 2017, quando tinha 3 anos. "Maila sempre foi uma menina brincalhona, né. E aí, de uma hora para outra, ela começou a ficar pelos cantos, e aí falava pra mim que sentia muitas dores na perna", conta Marileide, que trabalha como doméstica.
"Ela falava: ‘Mãe, eu estou com dor de perna’. E aí começou a aparecer manchas roxas, fraqueza, falta de apetite, perda de peso, começou a ficar amarela demais".
Segundo Marileide, assim que levou a filha ao Hospital Manoel Novaes, que fica em Itabuna, no sul da Bahia, a garota ficou internada por 22 dias. "Aí foi quando Dra. Tereza deu o diagnóstico que era a leucemia”, lembra Marileide.
Logo no início do tratamento, Maila foi para o Grupo de Apoio à Criança com Câncer (GACC) de Itabuna. Ao chegar à unidade, a menina percebeu que as outras crianças eram carecas e perguntou à mãe se também iria ficar do mesmo jeito.
A partir daí, ela fez um pedido: "Se eu for ficar que nem esses meninos, eu quero que você tire logo o meu também". Em seguida, ela fez outro pedido à mãe: "Mãe, se eu tirar o meu cabelo, você tira o seu também?”, relatou Marileide Rosa.
Atendendo ao pedido da filha, a doméstica raspou a cabeça e gravou o momento em vídeo, com a criança no colo. Além do sucesso nas redes, o gesto serve de incentivo na rotina do tratamento da leucemia, segundo Dra. Teresa Fonseca, médica oncologista do GACC.
"O apoio familiar é de extrema importância. A partir do momento que ela vê que ela continua sendo a Maila, a criança adorável que a gente conhece e que nesse momento ela está tratando de uma doença", destaca Dra. Teresa.
"Nesse momento ela tem o apoio da família, ela tem o apoio da mãe, dos amigos, para que ela saiba que ela tem um futuro, que ela saiba que ela tem a cura, ela saiba que tem para onde ir", conclui a oncologista. E, enquanto o tratamento não é finalizado, as duas seguem internadas no GACC.
Fonte: G1