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Lixo e engarrafamento são problemas predominantes em Cabuçú

Morador diz que nunca viu uma multa ser aplicada e carro ser guinchado em Cabuçú. Além disso, moradores de algumas casas surpreenderam-se, nos últimos dias, com a cor amarelada e o forte cheiro da água que saiu das torneiras.

Ed Santos

O final de semana foi bastante movimentado nas praias de Cabuçú e de Bom Jesus dos Pobres, destino de muitos, inclusive feirenses, para passar domingos e feriados, se divertirem ou trabalharem.  Tanta gente em um lugar resultou no surgimento de uma grande quantidade de lixo e como na cidade não há um serviço regular de limpeza pública, o lixo se acumula diariamente tornando-se um problema para os moradores.

O caminhoneiro Reinaldo Carvalho, que mora em Cabuçú, disse que  em algumas situações o lixo acumulado impede a passagem de automóveis de grande porte e que o cheiro é insuportável.

Além do lixo, a falta de estrutura  para receber os frequentadores , a poluição sonora e principalmente o engarrafamento impressionam quem visita as praias pela primeira vez.

“Frequento Cabuçu desde menino. Vejo som alto, carro em fila dupla e  até o presente momento não vi uma multa ser aplicada, nenhum carro ser guinchado, os guardas só observam o trânsito com apoio de militares e mal conseguem assoprar os apitos”,  relatou o contador James Aquino.

O engarrafamento começa na praia Recreio e antes da ponte de Cabuçu os carros seguem lentamente. O trajeto leva quase uma hora e não há via alternativa.

“O condutor do veículo é obrigado a ficar no engarrafamento ouvindo barulhos de varias musicas ao mesmo tempo na Praça de Cabuçu”, disse o contador.

Água sai barrenta das torneiras em Bom Jesus

Moradores de algumas casas surpreenderam-se, nos últimos dias, com a cor amarelada e o forte cheiro da água que saiu das torneiras. Em frente à estação de tratamento de água da  Embasa, em Bom Jesus, o lixo acumulado na rua se destacava no cenário.

A dona de casa que se identificou apenas como Rosália alugou uma casa em Bom Jesus dos Pobres. Ela disse que só percebeu a cor “barrenta” da água quando foi cozinhar. Para confirmar se a água estava realmente com a mesma cor, ela deu várias descargas no sanitário, mas o líquido sempre retornava com a mesma coloração.  

Renato de Melo Estrela, que reside em Feira de Santana, conta que só percebeu que havia algo de errado na água no sábado, quando foi encher uma garrafa diretamente da torneira.  

“A água estava tão suja que optamos por comprar mineral, uma vez que não havia condições nem de fazer o café”, relatou.  

Desse modo, só tomou banho no sábado (1º) quem tinha reservatório. A água só voltou à normalidade no domingo (2) ás 10 h da manhã.

Fotos: Ed Santos

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