Bahia

Inspeção judicial é realizada na BR 324; várias irregularidades foram constatadas

A Via Bahia terá um prazo de 30 dias para se adequar as normas do contrato de concessão, ou então será multada em 50 mil/dia ou o pedágio na BR 324 será suspenso.

Ed Santos e Daniela Cardoso

As obras de asfaltamento e restauração da BR 324 receberam na manhã desta quarta-feira (9), uma inspeção Judicial nos dois sentidos da pista Feira/Salvador. A inspeção que começou por volta das 09h30 em frente ao Parque de Exposição João Martins da Silva, contou com as procuradoras do Ministério Publico Federal Vanessa Gomes e Melina Castro, o Juiz Wagner Mota e o perito Dr. Hélio de Oliveira Cardoso que é responsável pela observação do estado da rodovia.

No trecho de aproximadamente 50 quilômetros, entre Feira de Santana até o viaduto da entrada de Santo Amaro, foram várias paradas. O trajeto foi realizado em cerca de três horas e o perito constatou diversas irregularidades como desvio entre a pista e o acostamento que tem uma altura desigual, pintura da pista inadequada, além da diferença entre as duas pistas.

O juiz Wagner Mota disse que no final desta quarta-feira, vai fazer um auto de inspeção e juntar no processo que será concluído no prazo de dez dias. Segundo o Juiz, a Via Bahia terá um prazo de 30 dias para se adequar as normas do contrato de concessão, ou então será multada em 50 mil/dia ou o pedágio na BR 324 será suspenso.

O superintendente da Via Bahia, Carlos Narvas, disse que os julgamentos ainda são prematuros e que é necessário esperar o pronunciamento do juiz. Ele admitiu que existem falhas, mas afirmou que todas elas foram mapeadas pela empresa. De acordo com o superintendente, a prioridade estabelecida na BR 324 é a recuperação total do acostamento.

“Embora o contrato nos permita fazer essa intervenção mais estrutural até o final do 5º ano, nós estamos com frente iniciada. Além dos problemas de pavimento deteriorado que estamos atuando, o outro problema maior são os acostamentos”, disse.

Carlos Narvas afirmou ainda que os buracos são problemas típicos da temporada de chuva. “Querer restabelecer é trazer um problema maior, então preferimos esperar um pouco”, disse o superintendente acrescentando não acreditar na suspensão imediata da cobrança do pedágio.

A Procuradora Vanessa Gomes, responsável pelaa ação contra a ViaBahia, analisou a inspeção da pista de forma positiva. “A gente conseguiu trazer o judiciário para ter contato com a rodovia”, disseEla lembrou que Ação Civil Pública foi efetivada após a verificação do não atendimento de todas as condicionantes necessárias para iniciar a cobrança do pedágio.

Prejuízos

O executivo Gilnei Elmilio Ferreira, dono de uma Hilux SW4 2010 avaliada em R$ 140 mil, perdeu um pneu e uma jante causando prejuízo de R$ 1.500. Ele afirma que teve prejuízos maiores chegando em R$ 3 mil e diz que pretende acionar a justiça.

Fotos: Ed Santos/Acorda Cidade

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