Salvador
Indenizações de trabalhadores resgatados de trabalho escravo ficam em torno de R$120 mil
Os valores foram calculados pela Superintendência Regional do Trabalho e Emprego (SRTE) durante todo o dia de ontem (18), com base nos depoimentos dos resgatados.
Acorda Cidade
As 17 pessoas resgatadas na última sexta-feira (15) em situação análoga à de trabalho escravo no bairro do Doron, em Salvador, devem receber, ao todo, cerca de R$120 mil de indenização trabalhista, o que corresponde a pouco mais de R$7 mil para cada. Os valores foram calculados pela Superintendência Regional do Trabalho e Emprego (SRTE) durante todo o dia de ontem (18), com base nos depoimentos dos resgatados. O dono da GAF Logística, Gustavo Adolfo Frazão Campilho, foi até ao local no fim da tarde e pediu prazo até esta terça-feira (19) para levantar recursos para o pagamento.
O valor das indenizações foi calculado a partir do salário-base da categoria, de R$718.Os vínculos empregatícios foram estabelecidos como tendo tido duração de cinco meses. Além das indenizações individuais, a empresa ainda terá que arcar com os custos da hospedagem e da alimentação do grupo até as homologações, além das passagens aéreas de volta ao Rio de Janeiro. Os trabalhadores receberão também uma guia para dar entrada em pedido para receber o seguro-desemprego.
O MPT e a SRTE já discutem os dedobramentos da operação que flagrou pela primeira vez a prática de trabalho análogo ao de escravo em Salvador. A Telelistas.net vai ser notificada a apresentar a relação das empresas contratadas por ela para a distribuição das listas telefônicas. Essas terceirizadas vão ser investigadas para que se verifique se a prática flagrada em Salvador na última sexta-feira (15) é adotada em outros contratos.
Os trabalhadores foram localizados por um força-tarefa do Ministério Público do Trabalho, da SRTE, e da Polícia Federal após denúncia feita à SRTE. Dois aliciadores foram presos em flagrante pela PF e permanecem na Superintendência do órgão, embora o dono da GAF tenha informado que já constituiu advogado para tentar um habeas corpus para os dois. O MPT aguardará o posicionamento da empresa GAF Logística para depois buscar um entendimento acerca do pagamento de uma indenização por danos morais coletivos.
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