Camaçari

Governo do estado propõe privatização do Polo Industrial de Camaçari

Segundo Wagner, o pólo poderia ser melhor gerido através de uma concessão ou parceria público-privada.

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O governador Jaques Wagner anunciou ontem (11), em cerimônia na Federação das Indústrias do Estado da Bahia (Fieb), para lançamento do novo plano diretor do Polo Industrial de Camaçari, a possibilidade de privatização total ou parcial da área onde está situado o entreposto.
 
Segundo Wagner, o Polo poderia ser melhor gerido através de uma concessão ou parceria público-privada. Além disso, a idéia é fruto de conversas entre o governo do estado e a iniciativa privada.
 
“Assim, o Polo seria entregue para quem toca o dia a dia dos negócios, enquanto o estado teria um papel mais regulador. O estado poderia arcar com os custos na forma de renúncia fiscal ou aportes”, afirmou durante o evento.
 
Atualmente, cada empresa é responsável pelos custos das suas dependências, compartilhando com o estado e a prefeitura de Camaçari as despesas com manutenção de vias, iluminação, jardinagem e segurança.
 
Segundo informações do Correio, o novo plano diretor propõe a criação de um Comitê Gestor que inclui as prefeituras de Camaçari e Dias D’Ávila, a Secretaria da Indústria, Comércio e Mineração (SICM), a Superintendência de Desenvolvimento Industrial e Comercial (Sudic) e o Comitê de Fomento Industrial de Camaçari (Cofic). A criação do comitê, que definirá o plano de gestão mais adequado para o Polo, ainda depende de decreto governamental.
 
Ainda de acordo com o Correio, o novo plano divide o Polo em sete zonas de ocupação industrial entre Camaçari e Dias D’Ávila e dobra sua área, dos atuais 13,4 mil hectares para 29,3 mil hectares. Para ser implantado, o plano ainda dependerá de licenciamento ambiental das áreas envolvidas pelo Instituto de Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Inema).
 
35 anos
 
O evento comemorou também os 35 anos do Polo de Camaçari, inaugurado em 1978, e considerado o maior complexo industrial do Hemisfério Sul, contando com 90 empresas, 35 delas químicas e petroquímicas. As demais são voltadas para metal-mecânica, automotiva, metalurgia do cobre, têxtil, bebidas, celulose, energia eólica. O Polo responde por 20% do PIB da Bahia.
 
Na oportunidade, o governador falou ainda sobre a ampliação da fábrica da Ford, que passará a produzir motores na Bahia, a instalação das montadoras de veículos JAC Motors e Foton, além de empresas do porte da Kimberly-Clark e Boticário, e da cadeia de geração de energia eólica.
 
“Na comemoração dos seus 35 anos, o Polo se mostra revigorado com a retomada do seu crescimento nesse novo momento econômico e social do estado”, ressaltou Wagner. Ele disse que o Polo Industrial de Camaçari experimenta novo ciclo de expansão, com a ampliação da área física, atração de novas empresas e diversificação do parque produtivo.
 
Conforme o presidente do Cofic, o Polo tem uma cadeia integrada importante para o estado. “Esses 35 anos são de sucesso e provocam inveja a muitos outros países. É um local de atração e está fazendo com que outras cadeias produtivas se integrem, a exemplo da automobilística e da eólica, complementando o conjunto e fortalecendo ainda mais o Polo”.
 
 
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