Na manhã desta sexta-feira (24), o auditório do Colégio Estadual Vila Canária, localizado na rua Direta do Ypiranga, nº 59, em Salvador, foi o espaço escolhido pelo Governador da Bahia, Jerônimo Rodrigues, para apresentar o Programa Bahia sem Fome.

Durante a coletiva de imprensa o Governador se comprometeu em estender a sua Campanha para todo o estado da Bahia, não restringindo-se a capital de Salvador.

“Neste momento queremos criar uma cultura de doação de alimentos, e não só de alimentos, mas também de doação de galpões para podermos guardar os alimentos e de mão de obra, ou de outro tipo de bens, de caminhões para que possamos transportar alimentos. E nós ajudaremos a divulgar as iniciativas que vão ajudar a população”, expôs.

Como vai funcionar o Programa

Por meio da Coordenação Geral das Ações Estratégicas de Combate à Fome, ligada à Casa Civil, o Bahia sem Fome tem entre seus principais objetivos superar as situações de insegurança alimentar e nutricional da população baiana. Inicialmente, a distribuição desses alimentos será realizada por meio de redes de acolhimento e envolve diversas secretarias de Estado.

“Nessas instituições que nós cadastramos já temos uma rede de pessoas que acolhem, nesta semana eu estava ouvindo que uma das TVs estava apresentando que em uma igreja já possui um banco de dados que durante as missas e cultos as pessoas levam o alimento e já sabem , no banco de dados, quem são as pessoas que recebem. Então se nós já temos um banco de dados nessas instituições, nós faremos. A outra coisa que vamos fazer é o que chamamos de busca ativa. Junto aos prefeitos, com as secretarias municipais de assistência social e junto aos sindicatos, associações, cooperativas… a intenção é buscar essas pessoas e cadastrá-las. Inclusive se a gente encontra pessoas que não estão inscritas no Cadúnico a gente entrega a cesta e cadastra, se elas estão precisando de algum tipo de tratamento de saúde, é uma rede de amparo e na primeira frente teremos o combate à fome, mas nós vamos cuidar dessas pessoas com outras ações”, explicou.

Insegurança nutricional

O Governador destacou que muitas pessoas podem até se alimentar, no entanto se alimentam mal, com uma carga nutricional baixa.

“A intenção que temos é erradicar, a utopia é acabar com a fome. As etapas que queremos fazer é ir reduzindo, não dá pra se fazer de vez, até porque nós não temos as condições reais. Hoje temos que saber onde é que estão essas pessoas todas. Nós temos que chegar por meio das instituições, prefeituras, igrejas. E peço que se conhecerem pessoas com dificuldade que possam dar um sinal para o Governo do Estado para que possamos iniciar essa redução de imediato”, abordou.

Etapas do Programa

• 1ª Etapa

O Bahia Sem Fome está na 1ª etapa, que relaciona-se ao recolhimento de alimentos e de outros donativos para o Programa.

“Empresas como a Coelba, deputados estão fazendo ofertas de orçamento, então nós estamos agradecidos e queremos que isso, no bom sentido, contamine a Bahia para que a gente possa garantir uma quantidade de doações, preparar esse banco de dados. As associações que tenham essa prática de arrecadar alimentos e que têm dificuldade a gente vai de imediato fazer a doação e esse Programa vai continuar andando”.

• 2ª Etapa

A segunda etapa é enviar um Projeto de Lei para apreciação na Assembleia Legislativa da Bahia (Alba), a fim de que o Programa seja votado e criado. Após a criação será possível um orçamento.

• 3ª Etapa

E a terceira etapa é a possibilidade da criação de um cartão. “Junto a essa lei, quando for promulgada, eu quero que seja lançado um cartão. Além do que as famílias recebem do Bolsa Família faremos um acréscimo, um complemento nessa direção”, revelou o Governador.

Fiscalização dos alimentos

Uma reunião foi realizada com órgãos de controle para que o objetivo do Programa não seja deturpado.

“Tenho uma coordenação de Governo com a Casa Civil, a Secretaria de Assitência Social. E um coordenador que é o Tiago Costa, que está ligado à Casa Civil para poder dirigir as ações internamente ao Governo, e nós temos um Conselho Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional – Consea, é neste Conselho que a gente aporta muita confiança. Porque temos muitas informações, já temos uma Política de Segurança Alimentar e Nutricional, só que pelo tamanho do Programa e pelo que pode acontecer de doações, nós teremos um Conselho e um núcleo. Nós queremos periodicamente apresentar aos órgãos de controle, ao Ministério Público, ao Tribunal de Contas e ao Tribunal de Justiça”, garantiu.